O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) declarou, na tarde desta terça (7), que formalizará, nos próximos dias, pedido ao seu partido para que possa apoiar o senador Wellington Fagundes (PR) na disputa ao governo.
O MDB se aliou, nas eleições deste ano, ao DEM e está apoiando a chapa liderada pelo ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, na disputa ao Palácio Paiaguás. Emanuel, porém, manifestou apoio a Wellington.
Rodinei Crescêncio

Emanuel Pinheiro irá formalizar pedido para apoiar Wellington Fagundes; justifica que trabalha candidatura do republicano desde que disputou a prefeitura
O prefeito tem optado por evitar comparecer a eventos relacionados ao candidato, ao menos enquanto não possui permissão oficial de sua sigla para apoiar o senador. Argumenta que ainda não tem a autonomia para apoiar Wellington porque precisa da autorização do MDB regional.
“Ainda não fiz esse pedido oficialmente, mas farei. Esperei passar o período das convenções e agora vou pedir que o partido me libere para que a gente possa levar adiante o projeto que começamos na minha eleição. Espero que eu possa, em uma campanha de alto nível, apoiar o senador Wellington Fagundes, até porque não veto e não tenho nada contra ninguém”, disse.
O emedebista comentou que optou por fazer o pedido formalmente ao partido para que sua decisão não pareça deslealdade ou infidelidade partidária. “Tenho o maior respeito com o meu partido. Sou grato ao MDB. Mas democracia é isso. A gente pensa diferente, às vezes se posiciona de forma diferente e eu respeito muito essa relação cordial”.
Emanuel Pinheiro A gente pensa diferente, às vezes se posiciona de forma diferente e eu respeito muito essa relação cordial
Para Emanuel, sua decisão pode gerar desconforto, porém é importante seguir o candidato que acredita ser o melhor para o Estado. Confessa não ser bom estar separado de sua legenda, mas pondera que todos estão certos.
Assim como Emanuel, a deputada estadual Janaína Riva também pediu ao MDB para apoiar Wellington, que é seu sogro. A parlamentar obteve, antes das convenções, o direito a participar de atos do senador. O prefeito mostrou-se surpreso ao descobrir que a correligionária havia conseguido permissão para apoiar o parlamentar do PR.
“Ela já ganhou o aval? Então, por extensão eu já ganhei [risos]. Brincadeira, esperei consolidar as convenções para pedir o aval. Agora que houve as definições dos candidatos, posso pedir a autorização. Tenho certeza [que vou conseguir], o Bezerra é um homem democrata. Da mesma forma que autorizaram a deputada, não tem motivos para não autorizarem o prefeito de Cuiabá”.
Por fim, Emanuel negou que o MDB tenha sido incoerente em seu apoio, apesar de ter costurado uma possível aliança com Wellington desde 2016. “Vejo como mudanças naturais de rumo. A política é muito dinâmica. A maioria do partido viu que deveria mudar de rumo natural”, amenizou.
Emanuel, apesar de ainda não ter carta branca para pedir votos abertamente a Wellington, trabalhou para a formação do arco de aliança do republicano nos bastidores. A atuação se deve, principalmente, ao fato de seu filho, Emanuelzinho (PTB), ser candidato a deputado federal na coligação de Wellington. No domingo (05), o prefeito evitou estar presente na convenção do PR, assim como se ausentou do ato do MDB, realizado no sábado (04).

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