Gazeta Digital

Rodeado pelas filhas, Mauro Mendes (DEM) chorou no palanque da convenção no dia 4. Wellington Fagundes (PR) também falou com os olhos marejados ao relembrar a trajetória do pai, no dia seguinte, data na qual, ao discursar, Pedro Taques (PSDB) comentou sobre a filha, que estuda fora do Estado. Em cantos opostos na disputa pelo cargo de governador nas eleições deste ano, os 3 candidatos ao Palácio Paiaguás têm, em comum, a preocupação em não poder desfrutar tantos momentos junto aos filhos, caso eleitos.
“Me recordo quando vi os olhos da minha filha pela primeira vez, aqui em Cuiabá, no hospital. Olhei para os olhos e disse: seu nome será Renata”, lembra Taques. Pai e filha matam a saudade se falando por telefone. Nas ligações, Renata costuma cobrar o pai governador. “O senhor já deve estar metido em confusão”, ela costuma dizer.
Renata cresceu vendo o pai em cargos públicos: primeiro, foi filha de procurador, depois de senador e agora de governador que tenta a reeleição. Por enquanto, a atividade política é exclusividade dele. Renata estuda medicina, mas o tucano diz que não se importará se ela quiser seguir seus passos. “O que me interessa não é o que ela faz, é que ela seja feliz”, diz.
Wellington Fagundes, que é pai de dois filhos, também acompanhou o crescimento e a criação deles durante sua vida pública. João Antônio, o mais velho, tinha seis anos quando o republicano foi eleito pela primeira vez. Diógenes, o caçula, era três anos mais novo.
“Eu nunca morei em Brasília este tempo todo, sempre voltei para Mato Grosso. Almoçávamos todos juntos no domingo”, orgulha-se o senador. Depois que os filhos se formaram, Wellington pediu que os dois assumissem os negócios da família, do qual precisou se afastar por conta da política. Apesar disso, não vê negativamente a ideia de os filhos se tornarem políticos também. Mauro Mendes vive, hoje, o que seus adversários viveram anos atrás. Pai de Ana Carolinne, Luis Antônio e Maria Luíza, tem pouco tempo para ficar perto dos filhos, dedicando mais tempo a sua agenda política. “Minha relação com meus filhos é de extremo amor, de carinho e de confiança, de quem é apaixonado pelos filhos que tem”, diz.
O ex-prefeito afirma que receberia com “alegria” a notícia de que um dos filhos seguirá carreira na política. “Respeito muito a decisão que eles estão fazendo e que futuramente vão fazer. Filhos são seus, mas, acima de tudo, eles têm livre iniciativa”, vaticina.
Licença paternidade
Com um projeto de lei em trâmite na Assembleia Legislativa que pretende estender a licença paternidade concedida aos servidores estaduais de 5 para 20 dias, todos os três candidatos a governador disseram apoiar a ideia e que vão defendê-la, se eleitos.
“Sou favorável, porque é um momento mágico”, diz Taques. Wellington afirma que, como senador, tentou, inclusive, aumentar a licença, não só para os servidores, mas para todos os cidadãos, através de uma emenda à Constituição. Mendes, que reclamou da falta de contato com as filhas por causa da política, diz que os primeiros dias são essenciais. “Serei favorável”, prometeu o ex-prefeito.
0 comments:
Postar um comentário
SITE SITE CUIABÁ FOCO MT