Cuiabá admite dívida de R$ 291 mil com a Santa Casa

O secretário municipal de Saúde, médico Huark Douglas Correia contesta as alegações apresentadas pelo presidente da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, Antônio Preza, quanto ao valor d dívidas que a Prefeitura teria em aberto com a instituição. Ele garante que a pendência totaliza R$ 291 mil, já com previsão de quitação. "Mas isso não refresca em nada os problemas internos da Santa Casa. A Secretaria de Saúde não tem a mínima ideia acerca da gestão desse hospital, posto que não entra no seu contábil", disse o gestor na Câmara de Vereadores da Capital.

Huark destacou que Cuiabá direciona valores à saúde bem acima do teto estabelecido constitucionalmente (15%). "Direcionamos 29% da receita líquida do município, ou seja, o dobro. Há rigor em cada centavo, tudo está rigorosamente contabilizado no financeiro. É realidade que a Saúde Pública (SUS) tem passado por dificuldades em virtude da diminuição progressiva de receitas. Na Secretaria de Saúde, envidamos todos os esforços possíveis para manter em dia os pagamentos com fornecedores, todos os contratos firmados no setor hospitalar. O gestor municipal age de forma pragmática, sob pena de estar cometendo atos de improbidade administrativa".

O secretário disse ter conhecimento dos problemas enfrentados pela Santa Casa de Misericórdia, que não consegue bancar os serviços ofertados com os recursos constitucionais a que tem direito. "É um hospital privado, detentor de título de filantropia. Independente disso, a Santa Casa sempre teve a Secretaria de Saúde de Cuiabá na condição de parceira. Mas só vou pagar aquilo que posso, legalmente falando. O que tinha de pagar de processos finalizados já foi feito".

Uma de suas observações se relaciona à quantidade de leitos anunciados pela direção da Santa Casa. Huark afirma que a unidade não possui leitos novos. "Pegou os mesmos que tinha e revendeu para o município" (SUS). "Resta à Santa Casa se readequar. Agora, se a auditoria disser que é dívida da secretaria, não iremos nos furtar. É um objeto de auditoria. Por outro lado, o secretário não pode adiantar recursos por livre conta, porque estaria fugindo à lisura do processo".

O presidente da Santa Casa também estava presente no Legislativo Municipal e rebateu Huark Corrêa. "Os 65 leitos de retaguarda são novos, secretário. Surgiram com o aproveitamento de espaços disponíveis, a exemplo do local onde funcionava farmácia. Lamentamos que a Santa Casa esteja enfrentando hoje sua terceira paralisação", disse Antônio Preza.

Disse que ficou nítida a diferença entre o que o secretário apresenta de contas saldadas e as dívidas pendentes apontadas pela Santa Casa. "Nós já apresentamos o nosso número. E queremos audiência com o prefeito Emanuel Pinheiro, já solicitada anteriormente. Reunião em que as demais unidades filantrópicas devem também participar. Uma oportunidade de cruzar as contas".

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