CPI SEPULTADA Wilson vê imaturidade de Janaína e dispara: "nunca a acusei de ser filha de malandro"

Tucano reage a declaração de medebista que o acusou de malandragem para barrar investigação na AL
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O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) disse que a colega de parlamento, Janaina Riva (MDB), perdeu a oportunidade de ficar quieta ao mencionar que ele agiu com malandragem ao entrar com requerimento para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de apurar o caso dos grampos telefônicos ilegais no Estado. O tucano alegou estar amparado pelo Regimento Interno da Assembleia e criticou o linguajar da deputada utilizado em entrevistas aos meios de comunicação.
Santos ainda disse que teria motivos para rebater e atacar a deputada, citando o fato do pai dela, o ex-deputado estadual José Riva (sem partido), ter sido preso e condenado por corrupção em decorrência de desvios na Assembleia Legislativa. “A deputada sabe que eu agi por conhecimento do Regimento da casa e Constituição. Não usei de malandragem. Assim como não acusei de ser filha de malandro. Nunca a acusei disso, termo que não devemos usar no parlamento. Somos colegas, estamos lá por uma decisão do povo”, disse o deputado em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real) anteontem.
Apesar de não gostar da forma como foi “tratado” por Janaína Riva, Wilson evitou maiores críticas a parlamentar. Para ele, a falta de maturidade faz com ela cometa erros ao se pronunciar publicamente. “Ela perdeu a oportunidade de ficar quieta. Ela é muito jovem. Também cheguei à Assembleia com essa idade, 29 anos, e falei muita bobagem. Agredi muita gente. Eu não tenho autoridade para ficar lecionando nesta matéria”, assumiu. 
Janaína alegou que Wilson entregou o requerimento para abertura da CPI sem assinaturas para evitar que ela entrasse com pedido como havia anunciado após o depoimento do cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Correa Junior, no dia 31 de julho em que apontou o governador Pedro Taques (PSDB) e o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, de serem os "donos do esquema".  Segundo ela, o objetivo de Wilson era “furar a fila” e ter preferência, pois caso seu requerimento fosse aprovado, ele poderia presidir os trabalhos investigativos.
Já Santos explica que o documento que apresentou junto a Mesa Diretora continha 11 assinaturas, mas os deputados Sebastião Rezende (PSC), Valdir Barranco (PT) e Pedro Satélite (PSD) retiraram seus nomes, permanecendo oito, o mínimo exigido para criar uma CPI. “Quando você faz qualquer documento da Assembleia tem que ser no mínimo duas vias. Eu colhi assinaturas somente em uma via e deixei com o consultor da Mesa. Tanto é que a Casa depois de quatro dias de análise, confirmou a existência de 11 assinaturas, menos três, oito. A segunda via não tinha assinatura nenhuma eu entreguei a primeira via”, garante. 
Apesar da “rixa” pela preferência no requerimento a ser apresentado na Assembleia, Wilson explicou que, nem ele, nem Janaína poderão instalar a CPI dos Grampos neste momento. Isso porque, o legislativo já tem três comissões investigativas em andamento, o que impede a abertura de mais uma CPI com apenas 8 assinaturas.
Segundo ele, a comissão só será instalada caso algum dos parlamentares apresente requerimento com 16 assinaturas, o que é difícil ocorrer. “A existência de três CPIs em funcionamento não permite uma quarta, a não ser que o requerimento para criação da quarta tenha no mínimo 16 assinaturas. Nenhum dos dois requerimentos obteve 16 assinaturas. O nosso obteve 11 menos três ficou oito, e o da deputada Janaina tinha 10 e ficou com 9. Nenhum dos dois chegou a 16, então a quarta CPI não pode ser instalada”, detalhou.
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