
Eduardo Botelho afirmou que as buscas poderão ser feitas até mesmo sem mandados de busca e apreensão
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (DEM), vê com naturalidade a Operação Déjà Vu, desencadeada na manhã desta quinta-feira (2), na sede do Parlamento Estadual. Em coletiva à imprensa, Botelho afirmou que as portas da Assembleia estão abertas. “Aqui é transparência total. Pode vir até sem mandato que está liberado. Não existem notas frias na ALMT. O nosso interesse é o mesmo do MPE, ou seja, resguardar o bem público. Aqui é a casa do povo”, disparou.
“Vivemos um momento de muitas buscas, de dúvidas. Isso é natural. Se tem dúvida, que venha, inclusive, não precisa nem de mandado. Vai um compromisso meu com o Ministério Público, a hora que chegarem aqui a Casa está livre, só não posso responsabilizar pelos gabinetes”, observou. “O administrativo desta casa está aberto para o Gaeco e para qualquer um. Tudo que nós fazemos aqui está no Fiplan, é transparência total”, destacou Botelho.
Segundo ele, “pode vir, está liberado. Aqui não tem nada que está sendo escondido. Existe uma dúvida sobre alguém que disse que prestou conta de uma nota, uma nota fria. Essa nota não existe aqui dentro. Se eles têm dúvida, pode vir procurar. Não tem nada de anormal. O interesse da Assembleia Legislativa, como o do Ministério Público, é o mesmo: resguardar o patrimônio público. Não tem constrangimento não. Constrangimento é para quem esconde alguma coisa”, afirmou.
Segundo Botelho, também existem outras coisas que estão sendo investigadas, como suprimentos de fundos e verba indenizatória do ex-deputado Valter Rabelo (já falecido), e dos atuais Zeca Viana (PDT) e do próprio Botelho (DEM), além do ex-deputado e atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), além de outros deputados. “Eles falam que são coisas dos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015”, disse.
Conforme Botelho, o País vive um momento de denuncismo. “Isso não atinge só a Assembleia de Mato Grosso. O País está atravessando este momento. Temos que suportar. É importante passar a limpo”, argumentou.
Cerca de 60 agentes, delegados e promotores amanheceram na Assembleia Legislativa do Estado. Eles investigam vários setores, como a Secretaria Geral, Secretaria de Finanças, Controle Interno e Instituto Memória. Quanto ao Instituto Memória, Botelho disse que a busca deve-se ao fato de Instituto arquivar os documentos antigos.