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João Arcanjo Ribeiro voltou para o Fórum de Cuiabá na tarde desta quinta (2). Acompanhado pelo advogado Zair Abid, o condenado teve que explicar ao juiz Geraldo Fidelis o porquê de seu e de sua esposa aparecem em uma lista do jogo de Cuiabá. A audiência começou as 14h30 na 2º Vara Criminal no Fórum de Cuiabá.
Na audiência, o advogado falou por seu cliente. Arbid negou que Arcanjo tenha voltado a práticar crimes. Na ocasião, o jurista questionou a acusação e disse que ele não seria "estúpido" a cometer tais ilícitos novamente.
“Ele não iria trocar a liberdade sacrificada dele por conta de jogo do bicho. A última coisa que se pode pensar de João Arcanjo Ribeiro é que ele seja estúpido. Jamais ele será estúpido. Ele é um homem conhecido como empreendedor. Ele não vai voltar os passos para trás”, afirmou.
A Segunda Vara recebeu denúncias de que Arcanjo tinha voltado ao mundo crime. Com base em material apreendido da Policia Civil, uma lista citava o seu nome e de sua esposa Silvia Chirata. O papel foi encontrado durante a deflagração de uma central do jogo do bicho em Cuiabá.
Arbid pontuou também que a acusação não era para incriminar o seu cliente, mas era uma maldade contra ele. O advogado disse que a denúncia foi armada e que "é muito cômodo acusar sem dar o nome".
“Você deixaria anotado o nome do seu pai, filho, marido no local do crime? É lógico que foi preparado. Ninguém em sã consciência vai sair para delinquir e deixar o rastro da família", afirmou.
O advogado ainda disse que esta acusação pode ter sido feita por pessoas que não só possuem dívidas com Arcanjo, mas por quem mantê-lo distante dos negócios."Mas ele só quer uma coisa hoje: viver bem e conservar a liberdade que ganhou”, disse.
Por fim, Zair Arbid falou que a única intenção de Arcanjo é curtir a liberdade e que reverencia o Poder Judiciário.
Arcanjo cumpre regime semi-aberto com o uso da tornozeleira eletrônica desde o final de fevereiro deste ano. Ele pode circular pela cidade pela manhã, mas ele deve se recolher em sua residência entre as 20h e 6h. Ele foi preso por ser o mandante do asssassinato Domingos Sávio Brandão, dono do jornal Folha do Estado.