senador Wellington Fagundes (PR) garante que MDB e PP estão firmes no seu projeto de pré-candidatura ao governo. Nega que haja uma debandada dessas siglas para outros postulantes ao cargo. No entanto, admite que o PSD, do ex-vice-governador Carlos Fávaro, está mais perto de migrar para o DEM, que deve lançar Mauro Mendes (DEM) ao Palácio Paiaguás.
Gilberto Leite

Em meio aos rumores de que seria "abandonado" pelo MDB e PP, Wellington Fagundes diz não acreditar em "traição" e mantém confiança em candidatura
Para explicar a saída do PSD, Wellington lembra que os partidos PR, MDB, PP e PTB foram os primeiros a apoiarem sua pré-candidatura. Depois integraram ao bloco PCdoB e os sociais-democratas. Ressalta que no seu grupo são “concorrentes” de Fávaro, a ex-reitora da UFMT Maria Lúcia Cavalli Neder (PCdoB) e a empresária Margareth Buzetti (PP), pré-candidatas ao Senado.
Além disso, segundo o senador, o MDB busca espaço para compor duas vagas na majoritária, principalmente, a de vice. Neste caso o nome mais forte seria do ex-prefeito de Sinop Juarez Costa. “A vaga (de senador) não foi garantida com o Fávaro, então ele passou a buscar alternativas e nessa busca é natural que se converse com outros grupos”, explica ao
.

O senador pontua que ainda é cedo para ter qualquer definição e que tudo irá se resolver nas convenções partidárias, que se encerram em 5 de agosto. Lembra das conversas que teve com dirigentes do PSL que tem como pré-candidata ao Senado a juíza aposentada Selma Arruda, que descartou subir no palanque com siglas de esquerda, como PCdoB. O veto vem da executiva nacional do partido, que tem como presidenciável Jair Bolsonaro.
Wellington Fagundes Não tenho veto a nenhum partido
Emedebistas
Em relação ao MDB, que dialoga com o DEM, Wellington acredita ser natural as conversas, pois trata da maior bancada no Congresso Nacional, o que lhe dá o maior tempo de TV. Outra negociação entre ambos os partidos, segundo o senador, é para discutir acerca das chapas proporcionais. Acontece que há intenção de juntar o maior número de deputados federais que vão a reeleição numa mesma coligação para facilitar a permanencia dos que já tem vaga no Legislativo.
Nesse impasse do MDB, o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) defende a permanência do partido no bloco de Wellington, apesar de negar veto a Mauro. O gestor deve jantar com o senador hoje (11) à noite em Brasília, onde cumpre agenda institucional. A intenção é colocar panos quentes numa possível saída dos emedebistas.
A mesma garantia de permanecer no bloco foi feita pelo presidente estadual do PP, deputado federal Ezequiel Fonseca. Acontece que dirigentes da sigla estariam dispostos a negociar com o governador Pedro Taques (PSDB) o retorno para base governista, haja vista que os progressistas estavam no bloco que ajudou a eleger o tucano em 2014.
Em paralelo às idas e vindas de legendas, Wellington garante que segue firma na sua pré-campanha ao governo. Reflexo disso é a contratação do cineasta e publicitário Bruno Bini para ser o marqueteiro. “Não tenho veto a nenhum partido. Mas também para consolidar uma coligação dependem de muitas situações de atendimento aos partidos como as vagas de governador, vice e senador”, finaliza.