
Taques oferece vaga de vice ao PSD, que pode indicar Dorner; governador já apoiou empresário nas eleições de 2016
O governador Pedro Taques (PSDB) definitivamente não desistiu de reconquistar o apoio do PSD ao seu projeto de reeleição. Em reunião com os integrantes da bancada da Assembleia que permanecem na base governista apesar do rompimento do partido, o tucano garantiu a indicação do vice caso consigam fazer a convenção aprovar a reedição da aliança firmada em 2014.
O nome cogitado para vice foi justamente o empresário Roberto Dorner, ex-deputado federal e candidato derrotado à Prefeitura de Sinop em 2016. Depois de ouvirem a proposta, os deputados estaduais Gilmar Fabris, Wagner Ramos, Pedro Satélite e Ondanir Bortolini, o Nininho, ficaram de avaliar a possibilidade para avançar nas conversações.
Na verdade, Taques reagiu aos rumores que Dorner está cotado para ser vice na chapa ao Governo do Estado que deve ser encabeçada pelo ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (DEM). Embora o diretório estadual do PSD, presidido pelo pré-candidato ao Senado Carlos Fávaro, tenha classificado a informação como “fake news”, fontes ligadas ao partido garantem que a conversa realmente existiu.
Oficialmente, o PSD mantém a pré-candidatura de Fávaro ao Senado e está no grupo que sustenta a pré-candidatura do senador Wellington Fagundes (PR) a governador, formado por PR, MDB, PTB, PP e PCdoB. No entanto, admite estar dialogando com Mauro e pretende definir o posicionamento final ainda neste mês.
O PSD decidiu abrir conversações com Mauro devido à postura do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB). Além de Fávaro, o grupo pró-Wellington tem a ex-reitora da UFMT Maria Lúcia Cavalli Neder (PCdoB) e a empresária Margareth Buzetti (PP) como pré-candidatas ao Senado, mas o emedebista declarou que pretende apoiar Jayme Campos (DEM) na disputa eleitoral.
Ruptura com Taques
O PSD decidiu se afastar de Taques em março e entregou os cargos que ocupava na administração estadual, mas os deputados estaduais decidiram permanecer na base governista e seguem declarando apoio ao tucano. Em abril, Fávaro renunciou à Vice-Governadoria para se viabilizar ao Senado em vinculação com o Executivo e aumentou ainda mais a distancia em relação ao ex-aliado.