Situação crítica

Mas em termos de indefinição, a situação de Wellington Fagundes é, sem dúvidas, a mais crítica. Faltando tão pouco tempo para o prazo final das convenções, o republicano precisou preparar o espírito para a hipótese de perder aliados. O PP e o PTB, apesar de todas as afirmações públicas de seus líderes quanto a caminharem com o republicano, estariam, sim, cogitando deixar o barco a essa altura do campeonato. 

 
Convencimento

Sobrou para os pré-candidatos ao governo tentarem convencer os aspirantes a senador que o cargo de vice é uma opção tão interessante quanto. Que o diga Adilton Sachetti (PRB), disputado entre Mauro Mendes e Pedro Taques, enquanto nenhum dos dois demonstrava o mínimo de interesse em oferecer a ele o cargo que realmente queria disputar. 
O parlamentar, diga-se de passagem, parece, finalmente, ter encontrado ‘abrigo’ na chapa republicana.

Indefinição

Entre os progressistas, o presidente do partido, Ezequiel Fonseca, tem sido pressionado de todos os lados para trocar de projeto de governo. O parlamentar vem resistindo faz tempo e tentando de todas as formas abafar a ala que defende uma aliança com o governo Pedro Taques. Mas o barulho tem ficado cada dia mais alto. 
Dentro da legenda, o comentário é que o problema na chapa de Wellington Fagundes é, justamente, essa indefinição do senador republicano em escolher logo quem serão os outros nomes da chapa majoritária. 
O partido tem Margareth Buzetti, por exemplo, como pré-candidata ao Senado e perspectiva alguma se vai ou não conseguir emplacá-la.

Missão impossível

Para o governador Pedro Taques (PSDB) e o senador Wellington Fagundes (PR), fazer a convenção no domingo proporciona mais tempo para ambos completarem uma missão que parece quase impossível: encontrar um vice. 
Enquanto sobram pré-candidatos ao Senado, ninguém parece se interessar na possibilidade de assumir a vice-governadoria. 

Última hora

Apesar de os líderes partidários estarem conversando há semanas, a maioria das legendas vai deixar para a última hora, ou seja, os próximos sábado (4) e domingo (5), a oficialização de suas alianças e lançamentos de candidaturas. 
Até os democratas, que estão com a chapa toda definida, inclusive com o pré-candidato a vice - uma das maiores dificuldades das coligações - só vão oficializar tudo na véspera do fim do prazo.

Silêncio

Em meio a toda movimentação relacionada às eleições, tem soado estranho a aparente inércia da defesa do deputado estadual Mauro Savi (DEM) em relação à possível candidatura à reeleição do democrata, afinal de contas, Savi foi, nada mais, nada menos, que o deputado estadual mais bem votado de 2014. É certo que os advogados do parlamentar têm trabalhado dia e noite para tirá-lo da cadeia, onde está desde o início de maio, quando foi deflagrada a segunda fase da operação Bereré. Mas quanto à oficializar seu (quem sabe) desejo de tentar a reeleição, não se houve falar. 
Entre os líderes do DEM, a afirmação é que o deputado não se manifestou sobre isso até agora.
 
’Paitrocínio’

Já entre os petebistas a situação é um tanto mais complexa. Passa pela Prefeitura de Cuiabá e articulação de Emanuel Pinheiro (MDB) que teria um objetivo bem claro: eleger seu filho, Emanuelzinho (PTB), deputado federal. 

Concorrência

A avaliação do prefeito, no entanto, é que com as legendas que apoiam Fagundes hoje, realizar esse sonho não vai ser assim tão fácil. Se nada mudar, estarão disputando o mesmo cargo, na mesma chapa, nomes como o ex-ministro Neri Geller e Ezequiel Fonseca, ambos do PP, Serys Slhessarenko, do PRB, e ainda algum petista.

Risco calculado

E a influência de Emanuel Pinheiro (pai) sobre as decisões do PTB passariam por questões empresariais ligadas ao Palácio Alencastro. Por conta de certos vínculos é que alguns petebistas estariam considerando ser uma estratégia menos arriscada atender o que deseja o prefeito: ver o partido de seu filho apoiando a reeleição do governador Pedro Taques.