Pinheiro reconhece ação de Mauro, mas não tira crédito de Taques sobre obras do novo Pronto Socorro

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Após o presidente do diretório regional do Democratas, o deputado federal Fábio Garcia, ter garantido no início dessa semana, que as obras do Pronto Socorro foram iniciadas pelo pré-candidato ao governo, Mauro Mendes [também do seu partido], enquanto era gestor de Cuiabá, o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que não pode tirar o crédito do governador Pedro Taques (PSDB) em relação as obras do novo Hospital.

Foi assinado nesta última quinta-feira (05), um Termo de Compromisso e uma Portaria firmando convênio de R$ 82 milhões - entre o governador Pedro Taques (PSDB) e o prefeito emedebista, Emanuel Pinheiro -, para equipar o novo Pronto-Socorro da capital que deve ser inaugurado no dia 8 de abril de 2019, durante as comemorações dos 300 anos da Capital.

Pinheiro rebateu as críticas divulgadas nas últimas semanas, onde dizia que o adiantamento da entrega das obras seria uma estratégia política, para entregar o hospital nas mãos de outro governador, sendo o Movimento Democrático Brasileiro, é oposição do partido a que pertence Taques. E disse ainda, que a preocupação com o novo Pronto Socorro sempre foi prioridade desde que ele assumiu em 2017.

“Eu jamais faria um papel desses, a intenção era entregar as obras no ano passado, mas infelizmente não deu, devido as burocracias, pois são mais de 11 mil itens para licitar. Também tivemos cuidado de começar pelas entregas de médio e longo prazo, esses primeiros lotes foram lançados e graças a Deus, já estão sendo homologados. Tiveram 47 empresas participando, 17 impugnações, ou seja, uma guerra jurídica que não cabe a nós entrar ou decidir”, ressaltou.

Pinheiro destacou a atuação de Taques perante a execução das obras e disse que ele [Taques] foi um dos grandes idealizadores do novo Hospital, merecendo créditos por isso.

“Cabe o município cobrar os prazos para que o interesse da comunidade cuiabana não seja prejudicado, agora nada disso seria possível se não houvesse o diálogo permanente com o governador Pedro Taques, que priorizou todo esse processo o nosso trabalho, eu digo sem medo de errar, essa obra não nasceria, não seria tocada e entregue sem ele”, completou.

Ao reconhecer que o novo Pronto Socorro será utilizado como “trunfo” por dois dos principais candidatos ao governo – Pedro Taques e Mauro Mendes (DEM) -, o prefeito adotou um tom “apaziguador”. Ele também lembrou a importância do democrata no projeto. “O Mauro também tem o valor dele. As obras, apesar de atrasadas, começaram na gestão dele. Ele não conseguiu entregar em dois anos, e isso acontece”, lembra.

Pinheiro lembra que na época – quando ainda era deputado estadual –, Taques estava viabilizando a obra e o procurou para falar sobre a vontade de disponibilizar recursos para construir o novo Pronto Socorro. “Eu era deputado estadual e lembro muito bem que ele conversou comigo e com outros grupos de deputados sobre essa obra e nós demos a maior força”.

Apesar de reconhecer o mérito do tucano e do democrata, Emanuel alfinetou dizendo que agora chegou o momento de o “escolhido” inaugurar a obra no aniversário dos 300 anos de Cuiabá e ainda disse que há três personagens que fizeram essa obra acontecer, “o pai é quem lança, quem faz ou quem entrega? O destaque é para quem entrega, eu acho”.

Esteve presente no evento, o senador Wellington Fagundes (PR), pré-candidato ao governo e não deixou escapar a oportunidade de mandar um recado.

“Esse é um resultado esperado e quero estar presente na inauguração, talvez como governador ou apertando a mão do eleito, enfim, pretendo estar junto com o Emanuel para poder não só comemorar esse trabalho, mas acima de tudo entregar o que é da nossa responsabilidade. Desejo que possamos ter energia suficiente, para trabalhar daqui até o ano que vem, para comemorar as vitórias das boas obras”, disse.

Taques por sua vez, disse que apesar das críticas a respeito da entrega das obras e de sua administração, não irá rebate-las, pois aprendeu que na política é necessário ter paciência, dizendo que há muita conversa fiada por causa da eleição. Também revelou que a construção do novo Pronto Socorro foi um projeto de campanha em 2014.

“Você não pode mudar o seu falar, não pode mudar a verdade tendo em conta o processo eleitoral, eu sou governador 3 anos 6 meses e 5 dias, no programa eleitoral de 2014, eu coloquei a minha cara e disse vamos construir um hospital com no mínimo 315 leitos, eu falei isso, soltei papelzinho [santinho] na rua, fiz programa de rádio, fui no Pedra 90 e nos 141 municípios do Estado falando isso”, relatou.

O tucano ainda disse que houve um atraso, mas o compromisso assumido está sendo honrado. E ainda destacou que “uma obra essa de três anos, nem políticos de antigamente tinham”.

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