Pedro Taques - Advogado lembra que cabo escreveu "livro da grampolândia" e pede proteção em MT

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Após jogar uma verdadeira "bomba" no cenário político estadual, o cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Correa Junior, irá pedir proteção policial para si e sua família. O militar, na madrugada do último sábado, apontou o governador Pedro Taques (PSDB) e o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, como responsáveis pelo esquema de grampos ilegais no Estado.
O advogado do cabo, Neyman Monteiro, alegou que Gerson está afastado das funções desde que foi preso, em maio do ano passado, e teve que entregar sua arma. "Após essa confissão, será pedida uma proteção a ele, porque os fatos que declarou, a coragem dele tem que ser elencada no pedido que faremos. Pediremos a proteção, pois ele não tem sequer uma arma, e foi dito na frente de todos que a partir desta data, ele teme por ele e sua família", disse o advogado.
Neyman afirmou que a confissão com riqueza de detalhes foi decisão exclusiva de Gerson Correa. "Ele nos surpreendeu, pensávamos que ele iria confessar somente os crimes, pois a orientação dele foi somente isso. E acabou escrevendo um livro", frisou.
O jurista afirmou que sequer tinha conhecimento da participação do governador e do ex-secretário no esquema. "Com relação à citação ao governador, eu não tinha conhecimento. Quem tem conhecimento é ele. Se A, B ou C estão envolvidos é de convencimento dele, que viveu dessa grampolândia. Ele elucidou, como foi dito ali, então ele merece um crédito e quem não falou a verdade merece um descrédito", colocou o defensor.
Sobre a punição do cabo Gerson após a confissão, o advogado acredita que pode até obter algum tipo de perdão, já que ajudou a desvendar um grande esquema que ocorria no Estado. "Os próximos passos serão aguardar a manifestação que vamos fazer e pensar no que vamos pedir pra ele. Aí é aguardar a sentença que é o mais esperado pela defesa após ele elucidar toda a grampolândia", pontuou. 
Neyman ainda não se opôs a possibilidade do compartilhamento das provas e do depoimento de Gerson Correa com o STJ (Superior Tribunal de Justiça), onde tramita um inquérito em que o governador Pedro Taques é investigado. 

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