
1 – SENHORES E SENHORAS,
já citamos aqui na Coluna, uma fala do ex-governador Jaime Campos (Dem), que avaliou que até agora todos são pré-candidatos, o que para o colunista evidenciou uma séria desconfiança quanto ao projeto de pré-candidatura de Mauro Mendes (Dem) ao governo de Mato Grosso. E ao que parece, esta desconfiança vem tomando corpo, prova disso foram as declarações desta semana de dirigentes dos Democratas, que o partido ainda não teria confiança na pré-candidatura do ex-prefeito de Cuiabá para as eleições de outubro próximo. Pelo que foi publicado no noticiário, a desconfiança existe porque, mesmo com respaldo do DEM, Mauro Mendes estaria hesitando em assumir definitivamente a pré-candidatura a governador. Para o empresário, as pesquisas lhe mostram viabilidade eleitoral, porém ainda não está garantida a viabilidade política e financeira para oficializar a entrada na disputa nas eleições de outubro. Os tais argumentos de Mendes tem causado temor de que ele possa repetir o que fez em 2016, quando recuou de buscar a reeleição à Prefeitura de Cuiabá faltando apenas 24 horas para o fim das convenções partidárias, deixando o grupo político a deriva, quando na reta final o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) aceitou substituí-lo na disputa e foi derrotado por Emanuel Pinheiro em segundo turno das eleições cuiabanas.
CONFORME
as declarações de Júlio Campos, publicadas no jornal A TRIBUNA, na verdade os Democratas sempre estiveram contando com os nomes do Mauro Mendes ou Jaime Campos como pré-candidatos ao governo do Estado. Para Júlio, ambos estão preparados para uma eleição majoritária de governador ou senador. Então ele deixa claro que o Dem poderá lançar Jaime Campos ao governo, se Mendes deixar mais uma vez o seu grupo à deriva. No entanto, Jaime está convicto em sua pré-candidatura ao Senado, onde diz liderar as avaliações internas do partido com 30 pontos.
De outro lado, está o PDT, o qual o seu presidente deputado estadual Zeca Viana, vem declarando que se Mauro Mendes recuar, o candidato do grupo político poderá ser o ex-deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT). Na opinião do colunista, o que está colocando dúvida a Mauro Mendes, além da viabilidade política é a financeira, mas parece que ainda não caiu a ficha que esta será uma campanha “pobre”, sem necessidade dos gastos exorbitantes do passado. Sendo assim, a princípio não teria com que ele se preocupar, inclusive por ser considerado um empresário rico, apesar do seu grupo empresarial se encontrar em recuperação judicial.
2- TALVEZ, ESTA
situação de campanha “pobre” fique só no papel da tal reforma eleitoral, e Mauro Mendes realmente esteja certo em sua preocupação financeira, e não se submete a gastar muito em uma campanha eleitoral, fato que está deixando o pré-candidato à reeleição ao governo Pedro Taques (PSDB) também muito preocupado, pois ele se reúne com a executiva nacional do PSDB na próxima terça-feira (26) para definir a divisão do montante que o partido terá direito do fundo partidário para gastar nas eleições deste ano. Segundo a Justiça Eleitoral, os partidos terão até 30 de junho para informarem ao Tribunal Superior Eleitoral a previsão de gastos com candidatos para cada cargo, ou seja, presidente, senador, governador e deputados federal e estadual. De acordo com o noticiário nacional, o PSDB terá R$ 210 milhões disponíveis, sendo que R$ 70 milhões serão usados em candidaturas a governos estaduais e ao Senado. R$ 70 milhões serão repassados à campanha do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à presidência e mais R$ 70 milhões para custeio das campanhas dos deputados federais e estaduais tucanos, mas tal divisão ainda é apenas uma diretriz. Vale ressaltar que o teto estipulado pela Justiça eleitoral para campanha ao Governo de Mato Grosso neste ano é R$ 5,6 milhões. Para se ter uma ideia da diferença, nas eleições passadas foram declarados gastos à Justiça Eleitoral de cerca de 30 milhões para a eleição do governador Pedro Taques.
3 – MESMO NESTA
incerteza sobre a candidatura de Mauro Mendes ao governo do Estado, os ataques políticos já começaram contra ele e também à pré-candidatura ao governo do senador Wellington Fagundes (PR). Contra Mendes, o cenário já começou a se movimentar pela Câmara Municipal de Cuiabá, após uma semana dele ter anunciado que está trabalhando na construção de sua candidatura, e ai virou alvo de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI). Ambos os processos investigatórios foram protocolados na última quinta-feira (21) e visam apurar fatos que ocorreram durante o período em que o democrata esteve à frente da Prefeitura de Cuiabá, especificamente na área da Educação. Fato que ficou sem atuação dos vereadores há quase dois anos e só agora em ano eleitoral vem a tona, evidenciando, é claro, os ataques politiqueiros.
Nesta semana, também quem recebeu provocações do governador Pedro Taques, foi o senador Wellington. Taques teria dito publicamente que Wellington, que costuma criticá-lo por ter desprezado a classe política ao constituir um secretariado estritamente técnico, irá nomear pessoas envolvidas em esquemas de corrupção caso seja eleito. Como exemplos, o tucano citou o ex-presidente da Assembleia José Riva e o ex-secretário de Estado Cinésio Oliveira. Em resposta, Fagundes avaliou as provocações como um sinal de desespero, sem nenhum sentido, por parte do governador Pedro Taques, sinalizando que ele já viu a pesquisa que mostra que ele, Wellington, ganharia no segundo turno de Pedro Taques, do Mauro Mendes e do Procurador Mauro.
4 – FALANDO
em política local, quem está com o relacionamento estremecido na Câmara Municipal é o prefeito Zé Carlos do Pátio (SD). Isso porque Pátio em seus discursos pelos bairros estaria, segundo os vereadores, dividindo o resultado pífio da sua gestão com os vereadores. Com parcela de culpa ou não, os vereadores se sentiram ofendidos com tais declarações e, ao que parece, o prefeito terá sérias dificuldades com a Casa de Leis, a princípio, para aprovação de projeto como o da “Revisão do IPTU”.