Papo Político


Wellington Fagundes: “Sua pré-candidatura também está sendo vista como a melhor opção oposicionista ao governador Pedro Taques, para levar as eleições para um segundo turno…”
1 – SENHORES E SENHORAS,
na edição do domingo passado da Coluna, comentamos sobre a pré-candidatura ao governo do Estado, do atual senador Wellington Fagundes (PR), onde a central de boataria, tão comum nessa época, estava espalhando que o seu projeto estaria perdendo força e ele poderia desistir da candidatura, e ressaltamos ainda que, mesmo se fosse verdade, nessa fase de formação de alianças “existem partidos quem vão e outros que vem”, pois o grupo do outro pré-candidato ao governo, Mauro Mendes (Dem), também poderia ganhar e perder adesão de algumas siglas, principalmente diante da incerteza em relação à sua candidatura.
E nesta semana, declarações públicas de dirigentes do Partido Verde, assediados pelo grupo de Mauro Mendes, declararam que não irão aceitar o convite do grupo devido a aliança com PSD, que tem como pré-candidato ao Senado o ex-vice-governador Carlos Fávaro. O PV vem declarando que “não irá se aliar a um grupo que possui um condenado nos seus quadros e investigado por denúncias do Ministério Público Estadual”, em relação a crimes ambientais, como também em relação ao deputado estadual Gilmar Fabris, que é do PSD. Tal justificativa do PV demonstra claramente que a opção da sigla é mesmo se aliar ao projeto de Fagundes, num exemplo do que comentamos acima, pois se Wellington está perdendo o PSD, por outro lado vai ganhar o PV, e assim outros casos virão até a definição das coligações, que nesta semana promete ser intensificada.
2- PELO O QUE SE COMENTA
no Estado, quanto a oposição ao projeto de reeleição do governador Pedro Taques (PSDB), caiu a ficha de que o governador não está tão enfraquecido politicamente como se imagina. Sendo assim, será preciso um projeto de oposição que vença as eleições já no primeiro turno. Isso mesmo, querem matar o tucano ainda em seu ninho. Tal avaliação, estaria favorecendo o projeto de pré-candidatura oposicionista de Wellington Fagundes ao governo, pelo seguinte raciocínio: Caso a disputa pelo governo de Mato Grosso nas eleições deste ano levasse em consideração a última votação dos hoje pré-candidatos Pedro Taques (PSDB), Wellington Fagundes (PR) e Mauro Mendes (DEM), possivelmente a eleição seria levada para o segundo turno, entre Taques e Fagundes. Nesta possibilidade, Fagundes aparece em segundo lugar e já Mauro Mendes em terceiro, devido os votos conquistados em todo o Estado nos anos de 2014 e 2010, respectivamente. Em 2014, o governador Pedro Taques foi eleito com 833.788 mil votos e Wellington eleito senador com 646.344 mil votos; enquanto Mauro Mendes disputou a sua última eleição estadual em 2010, quando concorreu, sem sucesso, ao governo de Mato Grosso, tendo como candidato a vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), e também pré-candidato a vice neste ano em sua chapa, e a dupla conquistou 472.475 mil votos. É de se ressaltar que em 2016, na véspera da convenção, Mauro Mendes desistiu de disputar a reeleição para prefeito de Cuiabá.
Trata-se apenas de uma simples avaliação sobre a força eleitoral dos candidatos em âmbito estadual, mas, convenhamos, em cada pleito a situação pode mudar completamente, no entanto nenhum político desconhece a estrutura que Wellington Fagundes tem em todo território mato-grossense após os seus seis mandatos como deputado federal e agora como senador da República; enquanto Mauro Mendes só demonstrou força até agora na baixada cuiabana, devido a sua gestão como prefeito da capital, o que então o faz depender de todo o seu grupo para atingir o eleitorado de Mato Grosso.
3 – SABEMOS
que no grupo político de apoio à pré-candidatura de Wellington Fagundes estava firme o PSD, com o ex-vice-governador Carlos Fávaro como candidato a senador, o qual depois do descontentamento do partido com uma declaração do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) – que declarou que pretende apoiar Jayme Campos (DEM) ao Senado, independente da coligação, desprestigiando a pré-candidatura de Fávaro -, o seu grupo abriu diálogo com o grupo de Mauro Mendes e hoje aparece com a aliança consolidada. A situação colocou em cheque a pré-candidatura ao Senado do deputado federal Adilton Sachetti (PRB), que poderia sair candidato na chapa de Mendes ao lado de Jayme Campos. Depois disso, o que se fala nos bastidores, é que Sachetti sinalizou que a tendência é de se juntar ao grupo que sustenta a reeleição de Taques, do qual se distanciou após fazer críticas à gestão tucana.
E SURGIU
uma outra possibilidade, após esta exclusão de Sachetti. É que o PDT e o PRB já estudam romper com Mauro Mendes e lançar uma chapa “limpa” nas eleições deste ano. Essa seria a cartada final para não deixar o deputado federal de fora das eleições em um cargo na majoritária. Numa eventual “junção” de PDT e PRB, Sachetti sairia candidato ao Governo do Estado. Já o vice seria o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), cotado para o mesmo cargo na chapa de Mauro Mendes. Este grupo, considerado “limpo”, ou seja, sem nenhuma condenação na justiça, ainda atrairia a juíza aposentada Selma Arruda (PSL), que disputaria uma das vagas ao Senado.
OUTRA SITUAÇÃO É QUE
Wellington Fagundes (PR) vem afirmando que seu grupo conta com o apoio do PR, MDB, PP, PTB e PCdoB, dizendo que sua pré-candidatura ao governo está aberta para receber como pré-candidato ao Senado, o deputado federal Adilton Sachetti. Fagundes argumenta que até as convenções tudo pode acontecer, e não tem vetos a ninguém e poderá contar com Sachetti numa campanha, lembrando a relação pessoal com o deputado, quando o seu filho João Antônio Fagundes foi candidato a vice na chapa de Sachetti na tentativa de se reeleger prefeito de Rondonópolis na eleição de 2008.

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