
1 – SENHORES E SENHORAS,
ao quadro de hoje com vistas às eleições de outubro deste ano, o quadro de pré-candidaturas que parece se definir é formado pelo governador Pedro Taques (PSDB), à reeleição, que até esta semana que passou tinha como os pré-candidatos a senatória em sua chapa o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) e a juíza aposentada Selma Arruda (PSL). Além do governador, mais dois projetos de oposição estão sendo definidos, sendo um com a pré-candidatura ao governo do senador Wellington Fagundes (PR), que poderá ter uma chapa majoritária com as pré-candidaturas ao Senado do atual deputado federal Adilton Sachetti (PRB) e a ex-reitora da UFMT Maria Lúcia Cavalli Neder (PCdoB). Outro projeto de oposição é do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (Dem) ao governo do Estado, com Jayme Campos (Dem) e o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), ambos como candidatos ao Senado.
MAS COMO DIZIA
o político mineiro Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela está em um lugar; olha de novo e ela já mudou”. Até o prazo final para a realização das convenções partidárias, que são os eventos políticos para definir as candidaturas, muita coisa deste cenário ainda poderá mudar. Os partidos têm até o dia 5 de agosto, próximo domingo, para realizarem suas convenções e até o dia 15 para o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral. Esta semana que passou foi de várias mudanças nas chapas proporcionais, o que justifica a nossa opinião acima. Adilton Sachetti chegou a negociar espaço na chapa da reeleição do governador Pedro Taques (PSDB) e na chapa do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), mas foi excluído pelos dois grupos que preferiram ficar, respectivamente, com a ex-juíza Selma e com o ex-vice-governador Carlos Fávaro ao Senado, para compor com Nilson Leitão (PSDB) e Jayme Campos (DEM) na disputa pelas duas vagas ao Senado. Após isso, Sachetti voltou ao diálogo com o grupo de Fagundes, que até então falava na pré-candidatura ao Senado do senador José Medeiros (Pode). Com isso, Medeiros perde espaço no grupo e poderá disputar as eleições em uma frentinha incerta, pois poderá haver um racha entre os partidos que a compõe.
NA OPINIÃO DO
colunista, outra mudança no quadro atual poderá ocorrer no projeto do PSDB, onde a pré-candidata Selma Arruda teria espalhado a discórdia no grupo de Pedro Taques, após declarações públicas de que não faz questão de pedir voto para os demais candidatos da aliança, o que deixou revoltado o tucano Nilson Leitão, que concorrerá também ao Senado e o próprio governador à reeleição. Em nossa opinião, um atrito desse com os colegas partidários poderá resultar na exclusão de Selma Arruda do projeto, abrindo espaço até mesmo para a pré-candidatura de Medeiros no grupo, apesar dele ter feito aos longo dos últimos meses sérias críticas ao governo de Taques, o que, no mínimo, o deixará de saia justa, sem um bom discurso. Mas nas acomodações políticas, tudo pode ocorrer e Medeiros hoje busca viabilidade para a sua campanha à reeleição ao Senado.
Mas, o Policial Rodoviário parece mesmo estar com o pé frio, pois esta chance com uma possível saída de Selma do grupo do Pedro Taques, ainda terá que enfrentar a possibilidade de Sachetti ir para o grupo majoritário do PSDB, a não ser que feche causa antes com o projeto de Fagundes. Vamos ver onde vai parar esta dança das cadeiras. Agora, que o quadro é ruim tanto para o Medeiros, como para o Sachetti, não temos dúvidas.
2 – FALANDO
no contexto das alianças partidárias, existem fortes evidências de que o MDB poderá voltar a compor proposta de aliança com o projeto de Wellington. Pelo que a Coluna foi informada, um forte batalhão político da ala do MDB está trabalhando para isso, como o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, a deputada estadual Janaína Riva e seu colega Silvano do Amaral, entre outros, que não declaram apoio à pré-candidatura de Mendes e demonstram claramente apoio à pré-candidatura de Wellington Fagundes. Esta semana vai definir tudo para as convenções até domingo(5).
3-NO
Partido Solidariedade, ao que tudo indica terá mesmo em Rondonópolis duas candidaturas a deputado estadual, no entanto, nenhuma delas de um dos quatro vereadores eleitos pelo SD, Orestes Miráglia, Bastista da Coder, Vilmar Pimentel e Juary Miranda. Nesta segunda-feira (30), a partir das 19 horas, no Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários de Rondonópolis e Região (STTRR), o prefeito Zé Carlos do Pátio, que é o presidente estadual do partido, irá fazer em Rondonópolis uma reunião para apresentar à militância os pré-candidatos a deputado federal e estadual da região. O SD tem como pré-candidato a deputado federal o atual deputado estadual Leonardo Ribeiro Albuquerque, conhecido como Dr. Leonardo. Já na disputa para uma vaga de deputado estadual na região, o SD tem Valdir Correia e o Pastor Erlan Pereira como os possíveis candidatos a serem aprovados na convenção.
NO ENTANTO,
o que confidenciaram ao Colunista, é que Valdir Correira é pré-candidato do prefeito Zé do Pátio, enquanto o pastor Erlan Pereira é pré-candidato do irmão de Zé do Pátio, o suplente de vereador Pedro Augusto e do assessor de Pátio Celson Carvalho. Diante de todo este período de pré-campanha, o Pastor Erlan insistiu em seu projeto, mesmo s sendo ignorado pelo presidente estadual do partido, que sempre defendeu uma segunda pré-candidatura de deputado estadual na cidade e região de um dos vereadores do partido. Zé do Pátio até teria declarado que ainda não seria a hora do Pastor colocar sua pré-candidatura estadual, pois precisaria trabalhar mais o projeto. Nas últimas eleições municipais, o pastor Erlan concorreu ao pleito e teve pouco mais de 700 votos para vereador e Valdir Coreia, que também disputou o cargo para a Câmara Municipal, mais de mil votos.