O ex-prefeito Eduardo Zeferino 63 anos, se apresentou nesta terça (12) em Rondonópolis, (a 218 km de Cuiabá). Zeferino foi chefe do Executivo de Dom Aquino (a 209 km da capital) e foi condenado a 34 anos e seis meses de prisão pelo crime de estupro de vulnerável e estava foragido desde novembro de 2016.
Eduardo Zeferino se apresenta à autoridade policial em Rondonópolis depois de 1,7 ano foragido. Foi foi encaminhado para a penitenciária da Mata Grande
Segundo a Polícia Civil, o ex- prefeito se apresentou na 1ª delegacia da Polícia Civil acompanhado do advogado, Tales de Passos Almeida. Eduardo Zeferino foi condenado por estupro de vulnerável contra crianças de 7 a 12 anos. O processo, que tramita em segredo de Justiça, aponta que o ex-prefeito praticou os crimes quando ainda não era gestor da cidade. Ele passou a noite na carceragem da delegacia e vai ser encaminhado nesta quarta (13) para a Penitenciária Major Eldo de Sá, a Mata Grande.
As vítimas eram filhos de pessoas próximas a Zeferino, como amigos e parentes dele. A denúncia foi feita pelas mães das vítimas, em Cuiabá, para a Promotoria da Infância e Juventude. Durante as investigações, o promotor José Antônio Borges pediu a prisão do suspeito, mas o pedido foi negado sob o argumento de insuficiência de provas.
Ele então solicitou que a Polícia Civil abrisse um inquérito para investigar as denúncias. As investigações foram conduzidas primeiramente pelo delegado Vitor Hugo Teixeira e, depois por Fernando Vasco Spineli Pigozzi, da Polícia Civil de Campo Verde. O inquérito foi concluído em agosto e encaminhado para o MPE. Apesar de ter negado todos os crimes, Zeferino foi indiciado.
Condenação
Zeferino foi condenado em maio de 2015. O crime supostamente ocorreu em 2005, mas só veio à toa em 2011, quando Zeferino chegou a ser preso. A decisão de primeiro grau foi proferida, em maio de 2015, pela juíza da Comarca de Dom aquino, Maria Lúcia Prati.
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público em 2010. O processo tramitava sob sigilo, já que à época tratava-se de um prefeito detentor do benefício do foro privilegiado, além disso, envolve crianças menores de idade. A prisão ocorreu oito meses após o MP ter oferecido a denúncia, em junho de 2011.
À época, quatro agentes da Polícia Civil de Campo Verde, sob a coordenação do delegado Fernando Vasco, se deslocaram ao município vizinho para cumprir o mandado expedido pelo TJ. Eles seguiram os passos de Zeferino. Às 14h50, o prefeito deixou a residência e, quando estava em frente à praça Emanuel Pinheiro, no centro de Dom Aquino, foi interceptado pelos policiais. Ele então foi encaminhado à Polinter, ficou um mês no sistema penitenciário e, depois, foi liberado.