G1 MT
Prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) durante a coletiva de imprensa (Foto: André Souza/G1)
A Prefeitura de Cuiabá deve lançar, na próxima sexta-feira (29), uma licitação para contratar uma empresa que será responsável pela elaboração de um sistema para rastrear os medicamentos e insumos entregues nas unidades de saúde da capital. O anúncio foi feito pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em coletiva nesta segunda-feira (25).
Ao todo, o órgão prevê gastar R$ 14 milhões com o sistema.
O objetivo é controlar o consumo em todas as 85 unidades de saúde pública de Cuiabá.
Para isso, todos os produtos entregues deverão conter código de barras e serão rastreadas desde a entrega pelo fornecedor, o caminho até o centro de distribuição e a entrega ao paciente.
“Em pleno século XXI, não há um sistema de controle, de monitoramento, de rastreabilidade, dos medicamentos e insumos do sistema de saúde da capital. Nós compramos e sempre falta. Quando se trata de gasto, é sempre por estimativa”, declarou o prefeito.
Além do sistema, as unidades de saúde devem receber câmeras de monitoramento para evitar supostos desvios dos produtos.
“A prefeitura não tem a real necessidade de consumo das unidades. Se não fizermos isso, ficaremos num achismo de quanto as unidades consomem, o que não temos”, completou.
Licitação para compra de remédios
Segundo o prefeito, em março um pregão eletrônico no valor de R$ 130 milhões foi lançado para a compra de 562 itens entre medicamentos e insumos.
Desse total, R$ 71 milhões já foram homologados e suprem a necessidade de 319 itens. As compras desses produtos, de acordo com o prefeito, devem ser divididas em quatro vezes durante o ano.
Os R$ 59 milhões restantes foram fracassados ou desertos e representam a compra de 243 itens.
Um novo pregão para a cotação desses produtos deve ser lançada em até 45 dias.
Vereadores aprovaram abertura de CPI (Foto: Ednei Rosa/Secom-Câmara de Cuiabá)
CPI da Saúde
Na semana passada, os vereadores de Cuiabá aprovaram a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar, entre outras irregularidades, a falta de medicamentos em unidades públicas da capital.
Em nota, a prefeitura afirma que recebeu a notícia com entusiasmo, uma vez que a CPI "ajudará nas ações e medidas para resolver o problema que existe há anos na saúde pública".
No requerimento, os vereadores pedem que seja investigado:
- a falta de medicamentos nas unidades municipais de saúde e eventual crise provocada para viabilizar a realização de contratações emergenciais;
- gestão temerária e possível ingerência política na gestão da Secretaria Municipal de Saúde;
- descumprimento de leis e de acordo judicial relativo à remuneração dos profissionais de enfermagem contratados sem vínculo efetivo.