Banco segue fechado 12 dias após invasão; clientes reclamam

Agência localizada na Avenida Getúlio Vargas foi alvo de bandidos no início de julho
Comunicado pede para clientes procurarem outras agências do BB
JAD LARANJEIRA
DA REDAÇÃO
Doze dias após uma quadrilha invadir e causar um grande estrago no Banco do Brasil da Avenida Getúlio Vargas, na Capital, a agência segue inoperante, inviabilizando o atendimento. Mesmo os caixas eletrônicos estão desabastecidos.

Quem vai até o banco se depara com um informe relatando que o atendimento ao público continua suspenso e sem previsão de retorno. 

O comunicado pede ainda que os clientes dirigiam-se às agências mais próximas: na Rua Comandante Costa, próximo ao Museu da Caixa D’água, ou na Getúlio Vargas, em frente à Praça Santos Dumont.

Segundo os representantes do Banco do Brasil, a demora se deve aos reparos que precisam ser feitos em razão dos estragos provocados pelo crime, ocorrido no começo de julho.

Há a suspeita de que os criminosos tenham ficado dentro da agência por três dias. Além da destruição, eles ainda tiveram tempo de comer os alimentos da geladeira e deixar um recado agradecendo: “Obrigado pela gentileza”.

Alair Ribeiro/MidiaNews
banco do brasil
Clientes se amontaram em em busca de informações
Na ocasião, diversas viaturas foram mobilizadas e um cerco montado em torno da agência, porque havia a informação de que os bandidos ainda estavam dentro. Porém foi feita uma varredura no local e nenhum suspeito encontrado.

Segundo a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), os criminosos arrombaram três cofres, mas apenas um tinha dinheiro. A quantia levada não foi revelada pela Polícia. Ficaram para trás apenas malotes com moedas de cinco e dez centavos.

Sem informação

Apesar do comunicado afixado na porta, alguns clientes têm começado a se sentir em “desespero” pela falta de informação e de ajuda por parte do banco.

À reportagem, um deles relatou que, desde que o banco foi furtado, tem tentado ser atendido no local pelos poucos funcionários que aparecem vez ou outra na porta da frente, mas não obteve sucesso.

“O duro é que eles descem e sobem essas escadas. Tem 30 minutos que estou aqui só hoje, mas desde o dia que foi arrombado tenho vindo. Aí você vem e não tem ninguém nem pra sequer dar uma informação. Esse é o problema maior. Tem o cartaz para procurar essas agências, mas você vai nessas agências e eles falam que tenho que voltar aqui. Só que aqui ninguém atende”, reclamou.

O cliente, que não quis se identificar, disse que precisava urgentemente pegar um ofício que deveria ser expedido pelo gerente.

“Vou na outra agência e o gerente de lá fala que tenho que vir aqui. E aqui não tem gerente. Não sei mais pra onde vou”, contou.

Já outros usuários reclamavam da falta de dinheiro nos caixas eletrônicos.

“Eu perguntei e eles falaram que estão sem cofre. Então não tem dinheiro mesmo”, disse uma mulher.

“Está assim. Entra na fila e sai da fila, porque não tem dinheiro e ninguém atende. A gente pede informação e eles querem que se resolva tudo com sistema. Mas nem tudo resolve só com sistema. Eu faço pagamentos no sistema, mas há coisas que a gente só resolve pessoalmente”, reclamou outro.

A reportagem tentou contato com o gerente administrativo do Banco do Brasil, em Mato Grosso, André Boss, mas até o final desta reportagem não obteve retorno.

Investigações

Ao MidiaNews, o delegado Luiz Henrique Damasceno, da GCCO, informou que ainda segue apurando o furto, e já tem possíveis suspeitos, mas que não pode dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações.

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