Alunos expõem trabalhos realizados no curso ‘Cerâmica Maria Tomich’

Alunos da EMEB Maria Tomich Monteiro da Silva, localizada no bairro Ribeirão do Lipa, apresentaram na manhã desta sexta-feira (29), o resultado do curso “Cerâmica Maria Tomich”. Ministrado pelos artistas Frede Fogaça e Alair Fogaça, o curso reuniu 71 alunos, na faixa etária de 9 a 11 anos, das turmas do 4º, 5º e 6º anos, em oficinas de modelagem e pintura em argila. O projeto foi um dos 31 selecionados pelo Edital do Fundo Municipal de Apoio e Estímulo á Cultura, lançado em 2017 pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo.
Esta não foi a primeira iniciativa do artista plástico na unidade educacional. Há três anos, Frede Fogaça, que mora no bairro onde também está localizado o seu ateliê, viveu a experiência considerada por ele gratificante. Segundo ele, a princípio, a oficina seria ministrada para apenas 30 alunos. Todavia, houve um grande interesse dos estudantes, fazendo com que as vagas fossem ampliadas para 71. A expectativa de continuar o trabalho com os demais alunos da escola, no segundo semestre.
“É um prazer. Na verdade, aprendemos muito com essas crianças. A arte é um estímulo e, é impressionante o quanto essas crianças são criativas ao desenvolverem ideias que descrevem a sua realidade”, contou o artista plástico.
Sobre o trabalho realizado na escola, Fogaça lembrou que é importante valorizar a comunidade em que vive. “Temos que fazer primeiro na nossa casa. Estamos trabalhando para nossas crianças, nossa comunidade, e isso é muito pouco pelo retorno que é possível”, afirmou.
A ideia do projeto é aproximar as crianças das ações culturais e educativas. A artista Alair Fogaça lembra que as crianças estão em uma fase onde os estímulos são fundamentais para o desenvolvimento, e a arte em argila uma boa opção. “Ao trabalhar a argila, a criança ativa a criatividade, a sensibilidade  tátil  e a coordenação motora fina. Além disso, todo o  processo de elaboração e construção do objeto, traz noções importantes como de  tridimensionalidade e ainda controla a ansiedade , auxiliando na concentração. Ou seja, é um ótimo estímulo a  todos os sentidos”, explicou ela.  
Exposição
A exposição dos objetos reuniu pais, alunos e professores. Um dos convidados, o secretário-adjunto de Relações Comunitárias da Prefeitura de Cuiabá, Jonail da Costa, elogiou o trabalho e disse que a orientação do prefeito Emanuel Pinheiro é de que sejam apoiados e incentivados os trabalhos realizados nas comunidades, por meio de parcerias entre a população, as lideranças comunitárias, unidades educacionais e todos os órgãos do Executivo.
“Aqui no bairro Ribeirão do Lipa, a escola é a grande parceira da comunidade, em todas as ações relacionadas à educação, saúde, assistência social, entre outras. Entendemos que essa união é importante em todos os sentidos, especialmente no trabalho de prevenção que realizamos com as nossas crianças, trazendo mais conhecimento e novas oportunidades”, salientou.
Mão na massa e criatividade
João Vinicius, de 10 anos, gostou muito da experiência. Em argila, ele mostrou a riqueza do pantanal, retratada no jacaré, na canoa, e nos utensílios domésticos. “Gostei muito. Fiz com muito carinho para mostrar o pantanal. Agora quero fazer uma casa de ribeirinho”, contou.
Milene Mendes da Silva, de 11 anos, aluna do 6º ano, disse que sua ideia foi mostrar a importância do pantanal. “Todo mundo tem que valorizar mais a paisagem do pantanal e cuidar do meio ambiente, das árvores e dos animais”, ressaltou.
A coordenadora da EMEB, Vanilce Lima Campos, destacou a contribuição que as atividades extracurriculares têm no desenvolvimento e formação dos alunos. “Esse projeto, assim como outros desenvolvidos na escola, estimulam a criatividade, valorizam a cultura cuiabana e mato-grossense. Além do aprendizado em si, do trabalho com a argila, estamos abordando diferentes temas em sala de aula relacionados ao meio ambiente, cultura, história, geografia e outros”, comentou.
Este ano, a unidade tem como temática principal do seu projeto político pedagógico “O mundo que eu tenho e mundo que eu quero”, tema que veio ao encontro do projeto desenvolvido por Fogaça com resultados bastante positivos.
A professora de Educação Física e articuladora dos projetos, Viviane Rabelo, disse que os impactos dessas ações são visíveis entre as crianças e também junto as suas famílias. “Tentamos atender o maior número de crianças possíveis e, para isso, também contamos com o apoio dos pais, no sentido de trazê-las no horário oposto e participar mais ativamente da vida escolar das crianças. Em relação àquelas que participam, percebemos uma maior desenvoltura, uma melhora na coordenação motora, na socialização, na concentração para ler e escrever, e estão mais centrados na sala de aula”, disse ela.