O governador Pedro Taques se mostrou irritado com a prisão do primo e ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, na manhã desta quarta-feira (09), na segunda fase da operação Bereré, denominada Bônus, que investiga o desvio de milhões do Departamento Estadual de Trânsito, por meio de pagamento de propina.
Durante entrevista na manhã desta quinta-feira (10), em um evento do governo do Estado, ele disse que querem destruir o nome da família Taques, e jogar o nome da família no lixo. “Estão querendo jogar o nome da minha família no lixo, isso eu não vou permitir”, disparou.
Sem muitos argumentos, pois é de conhecimento de todos, de que primo está enrolado por ter sido delatado pelo dono da empresa envolvida no ato de pagamento de propina, e existiria provas contundentes de sua participação, o governador prefere culpar adversários políticos.
"Os adversários, aventureiros, aqueles que querem voltar ao passado, esses não preciso convencer. Me cabe falar ao cidadão. O nosso governo tem procurado fazer tudo o que é correto. Agora, eu não posso ser responsável por todos os atos de todos os servidores. Aliás, não sei nem se houve ato na nossa administração. Este fato precisa ser investigado, mas eu não costumo e não vou julgar as pessoas antes de conhecer o processo. Não conheço o processo, não li o processo. As pessoas precisam ter direito ao contraditório e à ampla defesa e, aí, o Judiciário vai decidir”, disse.
Taques ainda diz que não tem contato com Paulo Taques e que ele não tem influência no governo. “Eu não converso com Paulo Taques há quase ano. Não há nenhuma influência dele. Ninguém está acima da lei. Minha família está aqui desde 1720. Não vou permitir que aqueles que roubaram Mato Grosso possam enxovalhar, menoscabar, minha família”, disse.
