O ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, chegou ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), por volta das 9 horas da manhã desta quarta-feira (9). Ele foi preso na segunda fase da Operação Bônus, na qual investiga pagamento de propina a políticos e empresários através de um esquema no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Alan Cosme/ HiperNotícias

O advogado chegou acompanhado por agentes do Ministério Público, sem o uso de algemas e vestido de terno. Ele ainda conversou com jornalistas, mas se limitou a dizer que “parece que alguém falou para alguém que um terceiro alguém pediu dinheiro de uma outra pessoa usando meu nome, pelo que eu li foi isso”. (assista ao vídeo abaixo).
Paulo Taques foi contratado como advogado de Mauro Savi, também preso nesta quarta, após a primeira fase da Operação Bereré, realizada no dia 19 de fevereiro deste ano. Uma procuração teria sido assinada por Savi no mesmo dia da operação, para Paulo defende-lo. O advogado, porém, também foi citado nas investigações pelo ex-deputado José Geraldo Riva.
A empresa FDL/ EIG Mercados também teria contratado com escritório do advogado um dia após a eleição do governador Pedro Taques (PSDB).
Operação Bônus
A segunda fase da 'Operação Bereré' foi batizada de 'Bônus'. Foram expedidos, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, seis mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Cuiabá, São Paulo (SP) e Brasília (DF). As ordens partiram do desembargador José Zuquim Nogueira.
A ação é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para desvio de recursos públicos.
A Bereré é desdobramento da delação do ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes, mais conhecido como Dóia. Ele teria admitido um esquema de recebimento de propina da empresa FD/EIG Mercados responsável pelo registro de contratos de financiamentos de veículos. Parte do valor arrecadado era distribuído entre integrantes do esquema.
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