![]() Nilson Leitão e Pedro Taques |
Com um governo comprometido com dívidas herdadas da antiga gestão, atrasos nos pagamentos do duodécimo aos Poderes e calendário de pagamentos a fornecedores e servidores alterados, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) avalia que o governador Pedro Taques (PSDB) precisa alcançar o equilíbrio das contas e manter uma gestão positiva para recuperar a credibilidade junto ao eleitor e ganhar a campanha à reeleição neste ano.
“A maior credibilidade é colocando as contas em dia, é a gestão. Obras o eleitor entende quando não acontece, mas quando atrasa pagamento, atrasa salário, quando o Estado não se equilibra, tem mais dificuldade. É necessário o governador fazer o equilíbrio das contas. Acho que o mais importante é isso”, disse o tucano em entrevista à Rádio Capital FM, na manhã desta segunda-feira (14).
Além dos problemas na gestão, o parlamentar também reconhece que as questões judiciais, que atingem tanto o governador, quanto aliados ou ex-aliados (como é o caso da operação Bônus, que apura esquema de propina no Detran e tem 2 primos de Taques presos), “atrapalham muito” o relacionamento com o eleitor. “As novidades que se tem notícias não têm sido extraídas da política, têm sido extraídas da justiça, o que prejudica o diálogo com o eleitor, sempre atrapalha. A ocasião não permite debater o que se vai fazer para 2019”, afirmou.
Para Leitão, o fato dos casos judiciais tomarem a prioridade da política prejudica a campanha porque o candidato precisa usar seu tempo explicando fatos ao invés de fazer propostas, mas pondera que é necessário dar a oportunidade de todos se defenderem. “A pergunta que se deve fazer ao começar a falar com o eleitor, com o cidadão é o que se pretende fazer a partir de 2019?”.
Mesmo com tais empecilhos no caminho de uma candidatura de Taques, Nilson Leitão acredita que ainda há chances de vitória pois, segundo ele, ainda não surgiram candidatos.
“Até agora não apareceu nenhum candidato que empolgue eleitor mato-grossense. Pode ser que apareça alguém que mexa no tabuleiro, mas ainda não apareceu ninguém e pesquisas mostram mais um eleitor indeciso do que empolgado com qualquer nome. A gente só vai saber na hora que tiver alguém pra comparar. Eleitor compara. Se a rejeição aumenta, o Pedro pode perder. Mas se não aparecer ninguém à altura, automaticamente, o Pedro tem mais vantagem”, avaliou.