
O deputado estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa Gilmar Fabris (PSD) defende o entendimento entre o Legislativo e o Judiciário no caso relativo a prisão do seu colega de Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Mauro Savi (DEM). Ele disse ainda que não pretende se declarar "impedido" para comandar uma possível votação a respeito da prisão.
“Acredito que precise existir um entendimento entre os poderes. O confronto não é o melhor caminho e esse processo precisa ser conduzido dentro da legalidade para não prejudicar ainda mais o colega. Por isso, entendo que a Procuradoria da Assembleia deve se entender com o desembargador e saber qual o motivo para a não votação”, disse Fabris, nesta terça-feira (15), em entrevista para a Rádio Capital FM.
Fabris também disse acreditar que antes de qualquer parlamentar se colocar impedido, é preciso fazer uma reunião entre o Poder Legislativo e o Poder Judiciário, para chegarem a um entendimento. "Se a recomendação for no sentido de votar, é evidente que a sessão vai acontecer. Se não for, se for aguardar, o nosso companheiro Mauro Savi tem advogado aqui fora".
De acordo com Gilmar Fabris, uma possível tentativa de “peitar” o Judiciário pode acabar inclusive prejudicando ainda mais o deputado Mauro Savi, ao invés de ajudar. Ele também destaca que é importante aguardar e saber qual é o pensamento da família e dos advogados de Savi, para saber qual a melhor forma de agir.
Caso a votação aconteça, Fabris adiantou que os parlamentares irão votar pela soltura de Savi, assim como ocorreu no caso dele, quando foi preso no ano passado durante a Operação Malebolge da Polícia Federal. "Sem dúvida vou votar a favor. Ele é meu amigo e acredito que não terá apenas o meu voto, mas dos demais deputados como já tive conversando na Casa, e eles me disseram isso". revelou o deputado.
"É muito triste [ser preso]. É uma tristeza só e eu não recomendo nem para inimigo quanto mais para amigo. Não quero que passem por isso".