BERERÉ E BÔNUS MPE denuncia 7 deputados, Silval e Paulo Taques por propina de R$ 30 mi no Detran

Silval Barbosa
Ex-governador Silval Barbosa está os denunciados na Operação Bereré/Bônus junto a mais 7 deputados estaduais
O Ministério Público de Mato Grosso ofereceu denúncia criminal relativa às Operações Bereré e Bônus contra 58 pessoas.
Entre os denunciados estão 7 deputados estaduais, o ex-governador Silval Barbosa, o ex-deputado federal Pedro Henry, o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques; o ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, o Dóia e o ex-chefe de gabinete do Poder Executivo, Sílvio Cézar Correia de Araújo. 
Da Assembleia foram denunciados: o presidente Eduardo Botelho e os deputados Mauro Savi, José Domingos Fraga, Wilson Santos, José Joaquim de Souza Filho, o Baiano Filho, Ondanir Bortolini, o Nininho, e Romoaldo Júnior.
O grupo inclui, ainda, parentes dos gestores denunciados e empresários. Além de responderem por constituição de organização criminosa, aos denunciados foram imputados os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. Na denúncia, foram apresentados 37 fatos ocorridos entre os anos de 2009 a 2016.
De acordo com o MPE, os fatos vieram à tona a partir de colaborações premiadas de Dóia, indicação de Savi; e com os sócios proprietários da empresa FDL, atualmente EIG Mercados. O esquema girou em torno da contratação da empresa responsável pela execução das atividades de registros junto ao Detran dos contratos de financiamentos de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil e de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor. Na ocasião, para obter êxito na contratação, a empresa se comprometeu a repassar parte dos valores recebidos com os contratos para pagamento de campanhas eleitorais.
De início, o o ex-governador e Savi teriam recebido, cada um deles, R$ 750 mil. Com a continuidade das fraudes, mais propinas foram repassadas e outras beneficiadas. Estima-se, que foram pagos cerca de R$ 30 milhões em propinas. A denúncia aponta para três vertentes diversas de análises: movimentações bancárias entre os denunciados, entre denunciados com terceiros, apenas entre terceiros e entre os denunciados e servidores da Assembleia. Todas as transações foram comprovadas na denúncia.
A organização, conforme o MPE, era composta por três núcleos: Liderança (Savi, Botelho, Silval, Pedro Henry, Dóia e Paulo Taques, cada um em épocas diferentes); e os de Operação e Subalterno.
Na denúncia, feita nesta quarta, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), os promotores de Justiça informam ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso que inquéritos complementares já foram instaurados para apurar o envolvimento de outras pessoas e de outros fatos criminosos. (Com Assessoria)

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