Barreto, o homem da bolsa, ainda não acredita que é ele no vídeo

O ex-deputado estadual J. Hermínio Barreto (PR), que aparece em vídeo gravado com o ex-chefe de gabinete do ex-governador e agora delator, Silval Barbosa (PMDB), divulgado para todo o país no Jornal Nacional, nesta semana, fez uma nota um tanto quanto confusa sobre sua versão dos fatos. Primeiro ele inicia dizendo que “uma reportagem com imagens, SUPOSTAMENTE minhas, recebendo uma certa quantia em dinheiro…”. Essa insinuação do político parece brincadeira, mas para quem, no mínimo, sabe ler dá a entender que ele questiona o fato de ser ele mesmo no vídeo. Ora bolas, pode não ser uma gravação com resolução nível “Hollywood”, mas até mesmo quem viu Barreto por foto, uma vez que fosse na vida, saberia que se trata dele. Qual o questionamento? A falta do bigode que por muito tempo lhe acompanhou em sua trajetória política? Não faz sentido porque ele já havia abandonado o estiloso corte de barba durante a legislatura 2011 à 2014, quanto pela última vez foi possuidor de um cargo eletivo. Seguindo o texto repassado para a imprensa, no entanto, a confusão aumenta quando Barreto cita “perseguição” política, o que também não faz muito sentido já que atualmente ele encontra-se sem mandato e sem muito ter o que perder, nesta ótica. No restante da nota, Barreto diz aguardar ser chamado para prestar esclarecimentos, mas já indica que o dinheiro em questão, nesta parte do texto já assumindo que era ele mesmo no vídeo, é explicado mediante uma dívida que Silval havia contraído consigo. Fruto do que e onde essa pendência foi formada, Barreto, porém, não detalhou. O ex-deputado estadual e ex-prefeito de Rondonópolis, planejava ser candidato em 2018, muito provavelmente para voltar a Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Com essa, deve recuar, ou, no mínimo, tem que arranjar uma explicação melhor para os fatos que possibilitem uma campanha forte, sobretudo junto ao crítico povo de Rondonópolis, sua principal base.
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