Taques demite presidente da Metamat após denúncia de Emanuel Pinheiro

O Governador Pedro Taques (PSDB) exonerou no início da noite desta quarta-feira (19) o presidente da Metamat, Elias Santos, irmão do candidato a prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), após uma denúncia apresentada pela coligação “Um Novo Prefeito. Para Uma Nova Cuiabá”, liderada pelo candidato a prefeito por Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB).
Para efeitos de publicidade e transparência, o Governo de Mato Grosso informa que o ato de exoneração do servidor Elias Pereira dos Santos Filho, diretor presidente da Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat), será publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (20.10). Por determinação do governador Pedro Taques, o Conselho Deliberativo da Metamat irá exonerar o atual diretor presidente para apurar a conduta do gestor público em denúncia de suposta infração eleitoral”, diz a nota do Governo do Estado.
A coligação, em coletiva à imprensa, denunciou a prática de crime eleitoral cometida por Elias Santos.
Um áudio gravado por uma servidora pública, que trabalha no órgão, revela a prática de coação, visando o comparecimento dos funcionários numa reunião política marcada para logo mais, às 21h, pela coligação “Governador Dante Martins de Oliveira”.
Na gravação, Elias ameaça demitir os detentores de cargos comissionados, caso não compareçam ao encontro.
“O governador Pedro taques convocou todos os cargos comissionados, para uma reunião hoje, as 20h30, no Hotel Fazenda Mato Grosso. Todos, sem exceção. Vou ser curto e grosso. Aquele que não for será exonerado no outro dia. Eu não estou com brincadeira. Aquele que não for, será exonerado. Me desculpe falar desta forma. Todos os cargos comissionados tem que estar hoje. Então vocês anotem meu telefone e quando chegarem no hotel me mandem uma mensagem, eu vou estar lá para receber vocês. Era só isso que eu ia falar. Reunião terminada” (sic).
A exigência é feita após Elias revelar o número do próprio telefone celular, para que os servidores façam contato informando a chegada ao local.
Frente a isso, a coordenação jurídica da coligação encaminhou hoje (19) a denúncia para que o Ministério Público Eleitoral investigue a materialidade do crime.
“Os efeitos é a perda do registro da candidatura ou a perda do mandato, caso seja eleito”, explicou o advogado Nestor Fidelis, coordenador Jurídico.
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