Candidata à Prefeitura de Cuiabá pelo PRB, Serys Slhessarenko classificou como leviana a afirmação feita pelo adversário Emanuel Pinheiro (PMDB) de que ela se aposentou como professora tendo trabalhado apenas um ano na função.
Serys contesta declaração de adversário à prefeitura de Cuiabá
“Nunca abandonei a sala de aula. Fui professora por 27 anos. Se o candidato Emanuel tivesse pesquisado, saberia que não deixei a função nem mesmo quando fui secretária de Educação da Prefeitura de Cuiabá e do Estado de Mato Grosso. E que já tinha tempo de trabalho suficiente para me aposentar quando fui eleita deputada”, rebate.
Serys Slhessarenko começou sua carreira no magistério em 1967, no Ginásio Brasil. No ano seguinte, passou pela Escola Estadual Nilo Póvoas e, em 1969, ingressou no Colégio Pré-universitário, incorporado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) após sua criação, em 1970.
Aprovada em concurso público da instituição, Serys nunca deixou as salas da UFMT. Nem mesmo quando exerceu a função de secretária de Educação da Prefeitura de Cuiabá por um ano, durante a administração Dante de Oliveira, e do Estado de Mato Grosso por um ano e três meses no governo de Carlos Bezerra.
“Quando fui secretária do município e do Estado, reduzi minha carga horária de 40 para 20 horas, mas continuei exercendo a profissão. Está tudo registrado nos documentos públicos para quem quiser conferir”, atesta.
Ao assumir seu primeiro mandato como deputada estadual, em 1991, Serys já havia lecionado os 25 anos previstos em lei para o professor requerer sua aposentadoria. “Eu nunca abandonei minha profissão para exercer função pública. Muito pelo contrário”, ressalta.
FAP
Os ataques de Emanuel à Serys se tornaram frequentes desde que, no primeiro debate dos candidatos à Prefeitura de Cuiabá, na TV Record, no dia 29 de agosto, ela criticou o fato dele receber mais de R$ 20 mil como deputado estadual aposentado desde que tinha 32 anos, após exercer apenas oito anos de mandato.
Serys, que foi deputada estadual por três mandatos e senadora por mais oito anos, jamais aceitou receber aposentadoria especial. Seu rendimento é a aposentadoria como professora da UFMT.
“Aposentadoria especial pode até ser legal, mais é imoral. É uma forma de corrupção. Emanuel Pinheiro não deveria tentar me medir pela régua dele, pela régua de quem não tem ética e de quem falta com a verdade no embate político”, argumenta.
Ela foi a autora, em 1995, da lei estadual que acabou com o Fundo de Aposentaria Parlamentar (FAP). Entretanto, mesmo após a promulgação da lei, Emanuel Pinheiro pleiteou o benefício e conseguiu passar a recebê-lo integralmente, por meio de repristinação, processo legislativo que dá efeito a uma lei já revogada.
De acordo com o que o candidato disse ao Midia News, sua aposentadoria rende hoje R$ 25 mil por mês. Se isso é verdade, ele já custou mais de R$ 6 milhões aos cofres públicos só de aposentadoria. “Cargo político não é carreira para se aposentar”, acrescenta Serys.
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