Assessoria
Apesar da tentativa de se desvincular do ex-governador, Silval Barbosa (PMDB), preso há um ano, o candidato a prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), não tem conseguido esconder suas alianças.
Emanuel tem dito falsamente que "Silval não teve nenhuma influência" na sua filiação ao PMDB, já que o ex-governador estava preso quando isso aconteceu; porém, ele tem se esquecido de mencionar que a amizade dos dois é antiga.
Um vídeo, exibido durante a propaganda eleitoral da coligação “Dante de Oliveira” na televisão, mostra Emanuel elogiando a "postura honesta" do ex-governador, durante sessão na Assembleia Legislativa, em 2012.
“Eu quero saudar a postura do governador Silval Barbosa. Em nenhum momento, o governador foi conivente ou complacente com qualquer denúncia de corrupção”, disse Emanuel.
Silval foi preso três anos depois desta declaração, acusado de liderar uma organização criminosa que fraudava licitações. Inclusive, o delator do esquema que culminou na prisão dele, o empresário Frederico Müller Coutinho, atualmente apoia e pede votos para Emanuel Pinheiro.
Ainda durante o programa, Silval aparece como responsável por não concluir as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e, por consequência, causador das ruas esburacadas, empresas decretando falência e desemprego.
“O PMDB deixou a desejar. Você sabe que começou obra e não terminou”, afirmou o eleitor Juvenal Soares.
Além disso, o programa mostra o legado negativo que Silval deixou no MT Saúde e na Assistência Social, com os esquemas de desvio de recursos executados durante sua gestão, que envolveram até sua esposa, Roseli Barbosa, acusada de liderar fraude na Secretaria de Assistência Social.
Apesar de tudo isso, Emanuel tenta esconder seus apoiadores, classificando a exposição deles como “baixaria” e recorrendo à Justiça para ocultar a exibição dos nomes deles durante horário eleitoral gratuito. Porém, a população está de olho.
“Que a população de Cuiabá, pelo amor de Deus, preste atenção e saiba votar”, disse a eleitora Arylene Lara.
Pelo bem de Cuiabá
Enquanto isso, Wilson Santos admite que cometeu erros, mas garante que seus problemas são mínimos diante dos causados pelo PMDB.
“O carimbo da corrupção nunca colou e nunca vai colar em mim. Nenhum dos meus problemas se compara aos que o grupo deles fez com Mato Grosso e Cuiabá. (...) O que está em jogo nessas eleições não é se você gosta ou não do Wilson. O que está em jogo é se você gosta ou não de Cuiabá”, disse.
O tucano reforçou ainda que os problemas atuais são reflexos da corrupção da “turma que quase destruiu Cuiabá”, aliada à crise econômica e que, agora, é preciso “manter Cuiabá no rumo certo”.
“Sou diferente deles, você sabe disso. Eu sei como fazer, já fiz, você sabe. Pelo bem de Cuiabá, vem comigo”, encerrou.