
Em depoimento no dia 25 de julho para promotores e delegados, o ex-secretário da Casa Civil de Mato Grosso, Pedro Nadaf, revelou que receberia uma "comissão" por parte do empresário Alan Malouf por ajudá-lo a receber propina de empresários já na atual gestão. Alan, teria influência no atual Governo, sob comando de Pedro Taques.
Nadaf citou apenas que receberia R$ 100 mil para fazer a "arrecadação" junto aos empresários com contratos com o Palácio Paiaguás. “O interrogando ainda tinha a promessa de recebimento de R$ 100 mil de Alan Malouf por tê-lo ajudado a receber propina de empresários para influir em atos praticados no governo atual que irá melhor relatar em momento oportuno”, diz um trecho do inquérito.
A complementação do depoimento de Nadaf deve gerar desdobramentos da operação. Ele deve fornecer detalhes da “consultoria” prestada ao empresário.
Os depoimentos de Nadaf, que está confessando ter participado de crimes de corrupção na gestão de Silval Barbosa (PMDB), embasaram a 4ª fase da “Operação Sodoma”, deflagrada nesta segunda-feira (26). Foram cumpridos seis mandados de prisão, e vários de condução coercitiva, além de buscas e apreensão.
Um dos levados a depor na Delegacia Fazendária foi o próprio Alan Malouf. Ele, que chegou a ter o pedido de prisão negado pela juíza Selma Rosane Arruda, é acusado de “lavar” propina recebida pelos agentes públicos no esquema que desviou R$ 15 milhões no pagamento de desapropriação da área onde está localizado o bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá.
De acordo com um dos trechos da decisão da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, Alan Malouf receberia os valores indevidos como receita do buffet Leila Malouf. Em seguida, ele daria uma compensação aos comparsas de 1% ao mês. “Pedro Nadaf e Arnaldo ajustaram ocultar o valor recebido com Alan Malouf. Alan Malouf receberia os valores como receita na empresa de sua propriedade, aplicaria e remuneraria os comparsas em 1% ao mês”, diz um dos trechos.
Solto no início do mês, Nadaf ficou preso durante quase um ano no Centro de Custódia de Cuiabá. Após decidir
