
O ex-presidente Lula enviou carta ao Papa Francisco informando-o sobre a “gravíssima situação política e institucional que o Brasil vive”.
Do RFI:
“Temem que o povo me eleja em 2018”, afirma Lula ao papa Francisco
Lula inicia a carta informando o papa sobre a “gravíssima situação política e institucional que o Brasil vive” e que “tomou a liberdade de escrever em nome da amizade e respeito que o pontífice tem pelo Brasil”.
Lula afirma que após a vitória de Dilma Rousseff em 2014 sobre uma “poderosa coalizão de partidos”, os adversários não se conformaram com a derrota e “tentaram impugnar o resultado por todos os meios legais, sem obter êxito”.
O ex-presidente escreve que, a partir de então, “os partidos derrotados e os grandes grupos de comunicação se rebelaram contra as regras do regime democrático, começando a sabotar o governo e a conspirar para tomar o poder por meios ilegítimos”.
Durante o ano de 2015 – prossegue o documento – “no afã de inviabilizar o governo, apostaram contra o país, aprovando no parlamento um conjunto de medidas irresponsáveis para comprometer a estabilidade fiscal”. “Finalmente” – lê-se a seguir – “não titubearam em desencadear o processo de impeachment inconstitucional e completamente arbitrário contra a Presidente da República”.
Deste ponto em diante, Lula defende Dilma Rousseff, “uma mulher íntegra cuja honra pessoal e pública é reconhecida até mesmo por seus adversários mais fervorosos. Nunca foi, nem está sendo, acusada de nenhum ato de corrupção”.
Lula afirma que o governo Dilma não cometeu crime de responsabilidade fiscal e diz que os procedimentos contábeis “utilizados como pretexto para a destituição da presidente” nunca foram motivo para penalizar nenhum governo. “Trata-se, portanto, de um processo estritamente político, que viola abertamente a Constituição e as regras do sistema presidencialista”, afirmou Lula.
“Forças conservadoras”
O ex-presidente chega as considerações finais alertando que “as mesmas forças que tentam derrubar a presidente, também querem criminalizar os movimentos sociais e um dos maiores partidos de esquerda democrática da América Latina, o PT”. “Não se trata de mera retórica – lê-se a seguir – o PSDB já apresentou formalmente uma proposta de cancelamento do registro do PT”, disse Lula.
“Temem que em 2018, com eleições livres, o povo brasileiro possa me eleger presidente da República, para resgatar o projeto democrático e popular”, afirmou.
Em tempo: Teor da carta de Lula enviada ao Papa Francisco é o mesmo daquela enviada à ex-presidente argentina Cristina Kirchner. Leia aqui, na íntegra.
http://nossapolitica.net/2016/09/lula-papa-temem-me-eleja-2018/
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