O último debate entre os 5 dos 6 candidatos que disputam um eventual segundo turno para Prefeitura de Cuiabá, ocorreu na noite desta quinta-feira (29) e foi transmitida pela afiliada da Rede Globo, a TV Centro América (TVCA). Contou com a participação de Emanuel Pinheiro (PMDB), Wilson Santos (PSDB), Julier Sebastião (PDT), Serys Slhessarenko (PRB) e o Procurador Mauro (PSOL).
O candidato da Rede Sustentabilidade, Renatto Santtana foi vetado de participar do evento, porque não atingiu a margem de 5% dos votos da última pesquisa do Ibope, divulgada pela emissora. O candidato chegou a acionar a justiça, mas horas antes do debate, uma decisão do juiz Paulo Roberto Toledo da 1º Zona Eleitoral de Cuiabá, concedeu liminar favoravel à TVCA.
Sem muitas novidades, os candidatos reafirmaram propostas já citadas. Alguns partiram para as provocações como foi o caso da candidata Serys, que ao perguntar para Emanuel como ele irá combater a corrupção na prefeitura para sobrar dinheiro e fazer funcionar o novo Pronto-Socorro de Cuiabá. "Você não enxergou o que estava debaixo de suas sobrancelhas?”, questionou a candidata.
Emanuel respondeu, “ a minha campanha é limpa sem baixaria e propositiva. A candidata acabou não perguntando nada sobre o tema. A respeito ao telespectador vou falar sobre o Pronto Socorro, que custa 85 milhões. Sendo R$ 52 milhões do Estado e R$ 35 da Capital. Até o momento o Estado só repassou R$ 10 milhões. O município está se sacrificando para fazer a obra"
Serys alega que abomina a corrupção diferente de Pinheiro que fiscalizava as obras da Copa e deixou ocorrer corrupção no Estado. " A corrupção corria a solta lá. Quem quiser ver ele elogiando Silval Barbosa e Eder Moraes é só ver em um vídeo meu no Facebook", disse.
Por outro lado, Pinheiro alega que a candidata Serys deve respeitar mais quem tem uma história de vida limpa, que não é corrupto e não votou contra os aposentados no Senado Federal. "Votar contra os aposentados e chorar depois é feio muito feio. Por isso não conseguiu voltar para o Congresso",rebateu.
Em outro momento, Serys questionou Emanuel sobre os gastos de campanha que está além da arrecadação. "O senhor irá administrar a Capital como administra sua campanha, com as despesas maiores que a receita?", pergunta. “Vou administrar Cuiabá sem esse rancor da senhora, que parece estar mais preocupada com a vida pessoal das pessoas do que com propostas de campanha. Até agora usou suas perguntas apenas para atacar. A legislação permite e será equacionado dentro da lei, eu tenho uma equipe de contadores e sou advogado e professor na área de direito”, rebateu.
Sorrindo, Serys responde que não sente raiva nem rancor, porém, diz que é necessário expor a vida dos candidatos para que a população saiba quem é quem. “Não precisa se ofender, candidato. A população precisa saber que todos os escândalos de corrupção de hoje nasceram para quitar dívidas de campanha eleitoral", disse Serys, que em vários momentos falou ser a autora da lei da "Delação Premiada", que virou principal ferramenta da Operação Lava Jato que prendeu vários figurões na política do país.
Por sua vez, Pinheiro lembrou que o PT, partido ao qual a ex-senadora foi filiada por muito tempo, tem vários amigos presos. "Que, errou que pague no rigor da lei. Tenho 28 anos de vida pública honesta, correta, sem ter meu nome envolvido em corrupção".
FERNANDA LEITE
Gazeta Digital
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