A campanha eleitoral entra sua reta final, a 9 dias do pleito das Eleições 2016, para os candidatos apresentarem seus projetos aos eleitores. Os prefeitáveis de Cuiabá também se mostram preocupados com ataques ocorridos nos últimos dias e reforçam o "olho no olho" com eleitores nas principais avenidas da cidade. Nesta quinta-feira a Avenida Rubens de Mendonçapróximo ao um Shopping da capital, cabos eleitorais empunhavam bandeiras, mas sem muita festa.
As campanhas eleitorais são capazes de promover verdadeiras transformações em candidatos. E em Cuiabá, onde estamos acompanhando um emocionante primeiro turno, esse milagre da transformação salta aos olhos dos jornalistas e dos eleitores.
A fase agora é de vale tudo e os golpe que do pescoço para baixo, no jogo dos votos, tudo é canela. Os últimos dias antes da eleição prometem ser muito mais tensos que em eleições anteriores em Cuiabá. O principal motivo é que a eleição virou uma incógnita com a divulgação das últimas pesquisas eleitorais na medida em que, pelo menos, três candidatos se apresentam com grandes possibilidades de ir para o segundo turno. A Coligação “Um novo prefeito. Para uma nova Cuiabá”, da Coligação"DANTE DE OLIVEIRA", e o Psol.
As últimas pesquisas põem mais sombras do que luz a respeito do final do primeiro turno e transformam em verdadeiro mistério quais serão os candidatos que vão disputar a prefeitura municipal. Para enrolar ainda mais o meio de campo os números seja de Emanuel Pinheiro(PMDB), do Procurador Mauro Cesar (Psol) ou de Wilson Santos (PSDB), não os impedem de sonhar com a possibilidade de estar disputando o segundo turno.
É surpreendente, por exemplo, que o desempenho de alguns candidatos esteja muito abaixo de seus patamares em áreas nas quais poderiam, no passado, ser considerados como bons de votos e, em alguns casos, imbatíveis.
Em parte isto se deve a que, em especial quem está na frente sofre uma bateria de ataques dos candidatos que estão defasados, que passam a ver nele o seu opositor direto. São mais os ataques e as estratégias dos candidatos, numa eleição onde, apesar de aparentemente, ser baixo o índice de indecisos (só 16% dizem não saber em quem votar) é preciso considerar que estes votos não se distribuem de forma regular.
Isto, abre uma enorme janela de oportunidade para significativas mudanças, principalmente nasEleições de Cuiabá, na qual é um fato comum o denominado “onda da vitória”, um fenômeno que já provocou reveses para muitas pesquisas, que é o da adesão em massa a uma candidatura, normalmente, inesperada.
Neste sentido, dada as condições atuais, os ventos sopram a favor de Emanuel Pinheiro e, se conseguir alçar números mais expressivos nesta reta final, o candidato tucano Wilson Santos, embora com probabilidade muito mais duvidosa.
Vale tudo no horário eleitoral
No momento, porém, o que se observa, embora fugindo dos horários políticos que só mostram as tentativas desesperadas de busca do eleitor por meio de discursos, promessas e apelos emocionais, sobressai-se o fato de que os líderes na pesquisa, mesmo que a diferença seja pequena, viram os alvos prioritários.
Ocupando o terceiro lugar nos levantamentos e com um alto índice de rejeição entre a população cuiabana, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) mira em seu colega de parlamento, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PMDB), que é apontado pelos institutos de pesquisa como um dos favoritos para disputar o segundo turno das eleições.
No horário eleitoral, Wilson Santos tenta associar Emanuel a episódios de corrupção supostamente cometidos por lideranças do PMDB. Os fatos citados abrangem tanto Mato Grosso como o país de uma forma geral, "veja quem me acompanha. Veja quem acompanha os demais candidatos. Você tem voto, você decide. Peço que analise e depois se pergunte: e os outros? Pelo bem de Cuiabá, venha comigo", alfineta Wilson Santos.
Para dar um tom mais enfático, o governador Pedro Taques (PSDB) aparece dizendo que não irá ficar em silencio enquanto os desonestos gritam. Wilson Santos aparece somente ao final do programa, pedindo que o eleitorado compare o que ele já fez a Cuiabá durante seus mandatos como prefeito.
Já Emanuel Pinheiro prioriza a apresentação de propostas dando enfoque à conclusão das obras do Rodoanel, quais foram iniciadas no período em que Wilson respondia pela prefeitura de Cuiabá. Também mostra vários eleitores afirmando que votaram em Mauro Mendes e que agora apoiam Emanuel.
O certo é que para ganhar as eleições os candidatos, agora, terão que “sair do casulo” e buscar o eleitor a qualquer preço numa eleição onde todos são bem recebidos, mas, ter o voto será outra coisa, daí, ter sido classificada por um analista político como a eleição “mais complexa que Cuiabá já viu”.
E, numa previsão que estimula cuidados para todos, avisa “Que, agora, não se pode errar. Uma onda eleitoral acabará sendo criada nestes últimos dias e tende a beneficiar os candidatos que passarem mais credibilidade e ética. Assim, o cuidado com os ataques devem ser redobrados por serem capazes de aumentar a rejeição e enterrar de vez a candidatura. O momento é delicado e decisivo, mas, qualquer um dos dois pode estar no segundo turno. A eleição de Cuiabá é uma grande incógnita”.
