DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO
DA REDAÇÃO
O secretário especial de Saúde Indígena do Governo Federal, Rodrigo Rodrigues (PMDB), criticou a tática dos adversários do candidato a prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) de associar uma eventual gestão do peemedebista aos escândalos de corrupção do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Segundo Rodrigues, a trajetória política de Emanuel demonstra que ele nunca esteve “submisso” a ninguém, seja líderes de partido ou a governos.
“Essa linha que o candidato do Governo, Wilson Santos, adotou é um desrespeito com a história do Emanuel e da família Pinheiro. Antes da existência de Silval, Blairo e Pedro Taques, existia um homem que fazia a diferença na política de Mato Grosso, que se chamava Emanuel Pinheiro, pai do atual candidato. Então, quando esse grupo tenta diminuir a importância do Emanuel, desrespeita história dos mato-grossenses e cuiabanos”, disse ao MidiaNews.

Essa linha que o candidato do Governo, Wilson Santos, adotou é um desrespeito com a história do Emanuel e da família Pinheiro
“E a história dele mostra que nunca esteve submisso a ninguém. Ele foi candidato pelo PFL e enfrentou a todos sozinhos. À época, não esteve subalterno à família Campos, depois esteve na base do Blairo Maggi sem ser submisso, mantendo a independência. E quando veio para o PMDB já vinha mantendo uma linha independente dentro da Assembleia”, afirmou.
Para o secretário especial do Governo Federal, a tática adotada por Wilson para “atacar” Emanuel, inviabilizou, por exemplo, o apoio do atual prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) à coligação tucana.
Mendes foi alvo de denúncias de Wilson na campanha eleitoral de 2008, o que segundo o próprio prefeito é o principal fator para não estar no palanque do candidato.
“Quando vejo essas agressões e tentativas desesperadas de colar a imagem do Silval, ou de outros tantos, ao Emanuel, tenho a mesma sensação que os eleitores de Cuiabá: que esse grupo perdeu a estribeiras. Perdeu a noção exata da ética na política”, disse.
“O Emanuel vai ficar submisso a quem? Ele não está sendo bancado com dinheiro do agronegócio ou com dinheiro dos empresários do transporte público. Ao contrário do outro candidato, que é bancado direta e indiretamente por esses grupos”, afirmou.
Areia movediça
Para Rodrigo Rodrigues, a campanha de Wilson entrou em um processo de “areia movediça” e não irá conseguir se viabilizar para o segundo turno.
Ele acredita que o tucano tenha uma derrota eleitoral e política e que a segunda rodada das eleições seja entre Emanuel e Procurador Mauro (PSOL).
“Eles já tentaram de tudo e nada resolveu. Entraram em um processo de areia movediça: se ficarem quietos, afundam devagar, se ficarem se debatendo, afundam rápido. É um processo irreversível”, disse.
“Ele poderia perder as eleições, mas ter um ganho eleitoral. Mas com essa política de agressão, vai sair menor que entrou. É triste ver que ele chega ao final com uma derrota humilhante e uma perda eleitoral enorme”, afirmou.