O candidato do PMDB à prefeitura de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), foi entrevistado ao vivo nesta quinta-feira (22) no MTTV 1ª edição pelos apresentadores Marina Martins e Diego Hurtado.
Essa foi a quarta entrevista da série, que deve seguir até o próximo sábado (24).
A ordem da série de entrevistas foi definida em sorteio. O candidato Renato Santanna (Rede) será entrevistado na sexta-feira (23).
Veja acima a íntegra, em vídeo, da entrevista com Emanuel Pinheiro. Abaixo, leia a transcrição das perguntas e respostas.
Diego: O senhor já respondeu, inclusive em outros veículos, a questão da sua aposentadoria com 32 anos na Assembleia Legislativa. Nós não vamos questionar a questão legal dessa aposentadoria, mas diante de um cenário que o próprio Presidente da República, que é do seu partido, quer fazer uma reforma na previdência colocando um limite mínimo de 65 anos para a aposentadoria, o senhor enquanto deputado aposentado desde os 32 anos recebeu, numa conta rápida mais de R$ 6 milhões. O senhor acha, diante desse cenário que nós temos hoje no país, decente de estar recebendo uma aposentadoria como essa?
Essa foi a quarta entrevista da série, que deve seguir até o próximo sábado (24).
A ordem da série de entrevistas foi definida em sorteio. O candidato Renato Santanna (Rede) será entrevistado na sexta-feira (23).
Veja acima a íntegra, em vídeo, da entrevista com Emanuel Pinheiro. Abaixo, leia a transcrição das perguntas e respostas.
Diego: O senhor já respondeu, inclusive em outros veículos, a questão da sua aposentadoria com 32 anos na Assembleia Legislativa. Nós não vamos questionar a questão legal dessa aposentadoria, mas diante de um cenário que o próprio Presidente da República, que é do seu partido, quer fazer uma reforma na previdência colocando um limite mínimo de 65 anos para a aposentadoria, o senhor enquanto deputado aposentado desde os 32 anos recebeu, numa conta rápida mais de R$ 6 milhões. O senhor acha, diante desse cenário que nós temos hoje no país, decente de estar recebendo uma aposentadoria como essa?
Emanuel Pinheiro – Diego, primeiramente é necessário esclarecer. Não se trata de aposentadoria. É mais uma maldade dos meus adversários. O que existiu de fato, foi uma previdência parlamentar. Uma previdência complementar, que eu paguei por ela e contribui para recebe-la. Não foi isso que estão vendendo para a população como se eu tivesse inventado e me beneficiado de uma aposentadoria. Eu jamais faria isso. Eu tenho um avida pública limpa. Eu, quando cheguei na assembleia, essa lei já existia há 10 anos e beneficiou grandes e honrados homens públicos, que também pagaram, que também recolheram e contribuíram por ela, como Dante de Oliveira, Roberto França, Luiz Soares, Oscar Ribeiro, e eu fiz jus ao que determinada a lei. Uma lei limpa e transparente. Eu fico até feliz em saber que eu estou sendo criticado por ter exercido o direito, claro e cristalino. Eu paguei por ele, eu recolhi por ele. E, repito, não é aposentadoria, não é pensão, não foi com 32 e, principalmente, eu peguei por ela e se trate de uma previdência parlamentar, uma previdência complementar, que pela lei, toda previdência, seja ela privada, sendo principalmente privada você deve pagar por ela, pagar a sua cota parte, que foi o que eu fiz.
Diego: Nós não estamos discutindo a questão legal, óbvio, e o senhor tem toda razão nesse sentido, mas ainda assim é dinheiro público. É dinheiro que nós pagamos com nossos impostos. E, R$ 6 milhões em pouco mais de 18 anos, mais ou menos, o senhor acha que é moral?
Marina: Só para complementar, esse fundo, inclusive, já foi considerado ilegal e não existe mais.
Emanuel Pinheiro - Não. A palavra do Supremo Tribunal Federal na primeira ação contra derrubou e se manteve o fundo. Agora, continuamos e estamos recorrendo e mostrando a legalidade e a transparência. Nós recolhemos. É preciso dizer que nós pagamos por ele. Não é uma aposentadoria e nem foi aos 32 anos. Então a população precisa saber que é um ataque, um jogo baixo dos nossos adversários, tentando jogar a população contra mim, que tenho 28 anos de vida pública. Estão me criticando por ter exercido um direito meu. Sou ficha limpa, nunca dei um centavo de prejuízo ao erário público, não respondo nenhuma ação por improbidade administrativa, nunca desviei dinheiro público, nunca vocês ouviram meu nome envolvido em corrupção. E, principalmente, eu sempre tive uma vida pública limpa e honesta. Sou ficha limpa, então é uma tentativa dos meus adversários que estão desesperados por ver que estamos liderando as pesquisas. Aqui mesmo, a globo, divulgou a pesquisa Ibope e estou tecnicamente empatado em primeiro lugar. Em outros institutos eu estou em primeiro lugar. O foco é tentar me atingir com o jogo da baixaria que eu não vou entrar nele.
Marina: Vamos continuar. O slogan da sua campanha é trazer o novo. “Um novo prefeito para uma nova Cuiabá”. E, o eleitor pode ficar um pouco confuso, porque o senhor sempre esteve filiado a partidos conservadores, agora o senhor está no PMDB e, o senhor sempre teve uma atuação alinhada com o governo. Aliás, começou sua carreira aos 23 anos. Agora o que de fato pode ser novo no seu plano?
Emanuel Pinheiro – As ideias do Emanuel Pinheiro. As ideias da sensibilidade de ser um prefeito próximo da população. A ideia não envelhece nunca. A idade cronológica envelhece, a ideia e o ideal de servir a população essa não envelhece nunca. Por exemplo, a minha ideia de criar o passe livre de ônibus para o desempregado. É uma ideia de humanizar a gestão. Porque imagina o drama a pessoa desempregado de ter que rodar a cidade, dia e noite, para tentar um emprego no comércio, nas empresas, nos estabelecimentos e não tem dinheiro para absolutamente nada. Então, Emanuel Pinheiro prefeito, a mão social da prefeitura vai garantir o passe livre ao desempregado até que ele arranje um emprego. Depois que ele esteja empregado ele deixa de receber o passe libre e vai poder com dignidade garantir o sustento da sua família e criar os seus filhos. Outra proposta, que mostra o prefeito novo, que está próximo do povo, que se importa com a cidade é a criação da hora estendida nas creches e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), que hoje funcionam até as 18h. A mãe, que é trabalhadora, fica no trabalho até as 18h. A hora que ela vai buscar seu filhinho na escola, pega ônibus e leva mais de uma hora para chegar até a creche. Às vezes a criança fica com o guarda ou fica sozinha esperando e é um desespero. A proposta é que as creches e CMEIs fiquem abertas até as 19h30, garantido à mãe trabalhadora, dignidade para que ela cumpra seu horário de trabalho e tenha tempo de ir buscar seu filho na creche. Além disso, na nossa gestão, as creches vão funcionar 12 meses por ano para garantir que as férias da creche não coincidam com as férias dos pais trabalhadores. E tudo isso, respeitando os direitos trabalhistas dos servidores púbicos municipais. Essas são as ideias novas, que vão fazer Cuiabá avançar.
Diego: Essa é a minha questão. Como é que vai funcionar isso na prática? O senhor vai pagar horas extras para esses funcionários? Vai fazer concursos para contratação de novos? O caixa da prefeitura é compatível para essas mudanças?
Emanuel Pinheiro – Ele é compatível porque horas extras dos servidores, você pode tranquilamente adequar as carga horária. O cuidador pode ficar com a criança até a mãe chegar. Extrapolando o horário, eu vou pagar a hora extra.
Diego: Tem dinheiro para isso?
Emanuel Pinheiro – Tem dinheiro para isso. A prefeitura, apesar de precisar aquecer muito mais a sua capacidade de investimentos, temos hoje em torno de 3% a 5% de investimento da capacidade do município em relação ao seu orçamento anual de 2,3 bilhões. O problema é a visão do gestor. É a prioridade do gestor. E a minha prioridade é cuidar pessoas. A minha prioridade é avançar no cuidado a na proteção das pessoa. E para isso nós temos dinheiro.
Marina: O senhor fala, além dessa jornada estendia e sem férias, na construção de 11 CMEIs para essas crianças. E fala em atender toda demanda, que hoje é de 21 mil crianças. Como é que o senhor pretende atender toda essa demanda?
Emanuel Pinheiro – Bem, 11 CMEIs, não. Já existem 17 CMEIs e precisamos de mais 11 para chegar em 28 centros que é nossa proposta para avançar na universalização da educação infantil. Paralelo a isso, já temos mais 51 creches do município, que nós pretendemos fazer uma reestruturação física. E temos mais 21 creches filantrópicas conveniadas, que nós pretendemos avançar e aprimorar esses convênios para atender a demanda das educação infantil. O que eu disse, é que esses 11 CMEIs que faltam para chegar a 28, nós não temos esse recurso. Mas, de todos os candidatos a prefeito, eu sou o que melhor tem articulação política e o maior apoio em nível federal. Dois senadores me apoiam, o ministro Blairo Maggi me apoia, 4 deputados federais me apoiam e o presidente da República é do meu partido. Eu vou reverter toda essa excelente relação em política em obras e investimento para a terra em que eu nasci, que com a graça de Deus e o voto de confiança da população.
Marina: então, é uma intenção e não uma certeza ainda? No seu horário político, o senhor diz que não prometer nada daquilo que não pode cumprir.
Emanuel Pinheiro – Essa é a minha prática. Eu vou ser, como prefeito, o que sou como candidato: limpo claro, transparente e sincero com a população. Só vou prometer aquilo que posso cumprir. Não vou ficar com conversa fiada, não vou ficar com mentira.
Emanuel Pinheiro – Essa é a minha prática. Eu vou ser, como prefeito, o que sou como candidato: limpo claro, transparente e sincero com a população. Só vou prometer aquilo que posso cumprir. Não vou ficar com conversa fiada, não vou ficar com mentira.
Marina: Mas, não há dinheiro para essas CMEIs.
Emanuel Pinheiro - Não há dinheiro, eu já falei. Mas eu tenho que eu tenho uma excelente relação política, que vai me possibilitar, ao longo do meu mandato, buscar recursos para transformam esses 11CMEIs em realidade, atendendo a nossa população, cuidando e aprimorando a educação das nossas crianças e dando tranquilidade ao pais.
Emanuel Pinheiro - Não há dinheiro, eu já falei. Mas eu tenho que eu tenho uma excelente relação política, que vai me possibilitar, ao longo do meu mandato, buscar recursos para transformam esses 11CMEIs em realidade, atendendo a nossa população, cuidando e aprimorando a educação das nossas crianças e dando tranquilidade ao pais.
Diego: Vamos mudar de assunto, mas continuar a falar de orçamento. O senhor falou sobre o VLT e disse que vai trabalhar para concluí-lo. O governo do estado disse que não em dinheiro para terminar a obra. Como um prefeito vai terminar uma obra como essa?
Emanuel Pinheiro – Maldade dos nossos adversário, que são incapazes de retomar a obra do VLT, que estão há dois anos empurrando com a barriga um problema que tem atrapalhado a vida da nossa população, perdendo tempo e dinheiro de melhorar a vida da pessoas e oferecer o um transporte coletivo caríssimo e de baixa qualidade. O que eu disse é que um prefeito é um líder de uma comunidade. Ele não pode se ausentar de situações que dizem respeito da vida da população. E eu estarei presente na vida da cidade. O transporte coletivo é um direito básico, fundamental, essencial. O VLT veio com esse contexto. Então, eu estarei presente exatamente para dizer o seguinte: Emanuel Pinheiro, eleito prefeito, vai convocar a Câmara Municipal, a sociedade civil organizada, a população em geral, e vou me utilizar dessa excelente relação política que tenho, em nível federal e estadual, para pressionar o governo a fazer a sua parte a fazer o dever de casa. Não ponha um centavo a mais de dinheiro público nas obras do VLT, porque já foi investido R$1,6 bilhão, mas o governo tem o dever de retomar e de concluir as obras do VLT. O prefeito é o protagonista, o líder de uma cidade e vai promover essa pressão política legitima para que as obras do VLT saiam do imobilismo, saiam da inércia e se tronem uma realidade para a população.
Diego: O seu papel seria na cobrança, não na execução da obra?
Emanuel - O meu papel seria na cobrança, vai ser na cobrança e, principalmente, na participação efetiva das pessoas que querem as obras do VLT concluídas. O governo do estado tem que fazer a sua parte.
Marina: O senhor defende uma guarda armada e que fazer um convênio com o estado para usar as forças PMs, o senhor já falou isso em sua campanha, no horário de folga. Esses policiais, para gente entender melhor, eles fariam parte da folha de pagamento do funcionalismo municipal?
Marina: O senhor defende uma guarda armada e que fazer um convênio com o estado para usar as forças PMs, o senhor já falou isso em sua campanha, no horário de folga. Esses policiais, para gente entender melhor, eles fariam parte da folha de pagamento do funcionalismo municipal?
Emanuel Pinheiro – Deixa eu explicar. Esse projeto de lei, é um projeto de minha autoria, chamado jornada voluntária. Nele, os PMs que fazem uma jornada de 24 por 48 horas, podem facultativamente optar por entrar nesse programa. E ele dá a oportunidade para ter um bom efetivo nas horas de folga, continuando a fazer o policiamento ostensivo e preventivo nas ruas de Cuiabá, aumentando a sensação de segurança. O pagamento seria feito em relação as horas trabalhadas e seria pago pela prefeitura municipal em uma ação conjunta com o estado. O prefeito Mauro Mendes começou a colocar em prática, mas precisamos a ampliar muito mais. Além de aumentar o efetivo na rua, vai aumentar a segurança e ajuda o policial a aumentar a sua renda.
Marina: Estamos falando de mais investimentos. O pagamento das horas extras e o pagamento da guarda municipal armada. Tem dinheiro para isso? Eu volto a perguntar.
Emanuel - Veja bem, a guarda municipal armada já foi criada por lei há 8 anos, mas não foi implantada. Todo processo de concurso público que deve ser feito não leva mais de 8 meses. Então, a realidade de implantação de uma guarda municipal armada não seria de imediato. Ou seja, eu vou preparar o município. Vou preparar o orçamento do município para fazer o que Mauro Mendes já iniciou. Seria dado à posse a 65 guarda numa primeira leva e, depois de observarmos o comportamento do caixa, mais 65 em outra, para ajudar na segurança ostensiva da população. Isso porque, uma lei federal de 2014, coloca a guarda municipal no sistema nacional de segurança pública. O guarda municipal pode então, estar armada, fardada e qualificada para, ao lado da PM, fazer o policiamento estendido. E, é aí que nós vamos criar o projeto anjos da guarda, onde as guardas municipais vão estar nos entornos das escolas núncias zelando pela segurança e atuando contra o tráfico e drogas que usam da inocência das nossas crianças e inseri-las desde cedo nesse meio. Isso eu não vou aceitar como um prefeito próximo e que se envolve com o a vida da população.
Diego: O senhor tem mais 35 segundos.
Eu agradeço a oportunidade de estar expondo as nossas propostas. Peço seu voto, seu apoio e, juntamente aos familiares amigos e colegas para uma proposta viável, de um prefeito sincero e verdadeiro que só vai prometer aquilo que pode cumprir. Mas, acima de tudo um prefeito que vai humanizar a gestão pública, vai estar próximo das pessoas, se relacionar com a cidade e vai tornar a Cuiabá dos 300 anos numa cidade melhor para se viver, melhorando a vida da nossa população. Muito obrigado. Emanuel 15, prefeito de Cuiabá. Peço o seu voto.