Calado até o momento como um 'cão obediente na coleira' submisso ao governador do estado, o conselheiro e presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Antônio Joaquim, resolveu, em nome de sua candidatura em 2018, enfrentar o Paiaguás, cobrando através da imprensa amiga, a retomada das obras do VLT.
Não era sem tempo, Joaquim afirmou que a obra do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) precisa ser concluída e que, à época, o Tribunal poderia ter impedido a compra dos vagões. Disse, numa espécie de mea culpa, revelando que falhou com sua responsabilidade ao deixar acontecer o que aconteceu.
“O tribunal, antes, esperava você executar o contrato para saber se houve execução adequada, sem superfaturamento. Hoje, não. Se o VLT fosse começado a ser executado hoje, talvez o Tribunal não permitisse comprar os vagões antes de estar pronto o que você estava vendo... Vai gastar R$ 500 milhões em vagões? É uma temeridade. Podíamos ter evitado a compra dele".
O Governo do Estado já disse, através da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que não tem interesse em fazer acordo com o Consórcio VLT, responsável pela obra, para sua conclusão. A questão está judicializada e o Consórcio deverá se pronunciar.
O presidente do TCE-MT, agora, cobra agilidade do governo na resolução deste problema que está atrapalhando o trânsito e causando um prejuízo enorme para o estado, por culpa do atual governador que usa todos os artifícios legais para empurrar a obra com a barriga e assim, comenta-se, agradar a máfia que o elegeu .
“Não tem como ignorar e admitir a possibilidade de que isso seja resolvido espontaneamente. É preciso protagonismo do governo”, disse Joaquim, de forma acovardada, sem fazer absolutamente além de dar entrevistas tecendo comentários que não levam a nada. 
Antônio Joaquim afirma ainda que é impossível não enfrentar o problema do VLT. “Quem escolheu VLT e não o BRT foi quem tinha direito de fazê-lo: o governador e a Assembleia Legislativa. O TCE não tinha que meter o bedelho. Mas, é R$ 1 bilhão. Não tem que se adequar, “agora vamos fazer o BRT”. Tem que se resolver. Como resolver, é gestão. Não posso fazer juízo de valor”, dissse, como um conselheiro e político medíocre, sem se posicionar firmemente.