Amam desmente boatos de que Selma Arruda entraria na política

O presidente da AMAM, José Arimatéa Neves Costa
THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO
A Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam) classificou como “especulações infundadas” as notícias de que a juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, entraria para a política.

Por meio de nota, divulgada nesta quarta-feira (19) e assinada pelo presidente da entidade, o juiz José Arimatéa Neves Costa, a Amam afirmou que a magistrada não busca uma futura candidatura.

A hipótese surgiu em alguns sites de notícias após a juíza - que é responsável pelas prisões de vários “figurões” da política mato-grossense, a exemplo do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) -  anunciar que pretende se aposentar em 2017.

“A Associação Mato-grossense de Magistrados declara, sem nenhum sofisma, que a associada Selma Rosane Santos Arruda não alimenta e nem se alimenta dessa especulação acerca de potenciais pretensões politicas-partidárias, mas pelo contrário rege sua atividade jurisdicional pela distância institucional e respeitosa dessa nobre atividade republicana”, diz trecho da nota.

A Amam destacou que a Constituição Federal veda qualquer atividade de cunho político-partidário por parte de magistrados.

“De modo que qualquer informação sobre supostas pretensões políticas de um Magistrado, ao contrário do que possa parecer ao senso comum, em nada contribui para o engrandecimento sócio-político-institucional do Poder Judiciário como árbitro constitucional e legal das salutares desarmonias individuais e coletivas emanadas da Sociedade em geral”, complenta a nota.

Conforme a nota, as notícias refletem os anseios de uma sociedade que sonha com líderes éticos e com mudanças radicais na gestão pública. Porém, segundo a Amam, a juíza Selma Arruda é  adepta do ditado  popular: “ado, ado, ado, cada um no seu quadrado". 

Marcus Mesquita/MidiaNews
Selma Arruda 080916
A juíza Selma Arruda, reponsável pelas prisões de vários “figurões” da política mato-grossense
“Portanto, é a presente nota para esclarecimento geral de que especulações dessa natureza não são úteis ao magistrado e nem à magistratura, razão porque devem ser evitadas para que não produzam ruídos institucionais que apenas atrapalham o labutar de qualquer Juiz que porventura seja alvo de tais equívocos midiáticos”, pontuou.

Veja a nota na íntegra:

Associação Mato-grossense de Magistrados, entidade classista dos Juízes e Desembargadores do Estado de Mato Grosso, nos estritos limites do seu mister sócio-político e associativo, tendo em vista as recorrentes veiculações midiáticas acerca de uma suposta “futura candidatura” da Magistrada Selma Rosane Santos Arruda a cargo eletivo, vem a público apresentar Nota de Esclarecimento nos seguintes termos:

1. As informações insistentemente veiculadas nos meios de comunicação de massa, em especial em sites de notícias na internet, não passam de especulações equivocadas, pois não refletem a realidade dos projetos de vida da Magistrada.

2.   Ao Magistrado em geral é vedada qualquer atividade de cunho político-partidário, conforme preceituam a Constituição e as Leis deste País, de modo que qualquer informação sobre supostas pretensões políticas de um Magistrado, ao contrário do que possa parecer ao senso comum, em nada contribui para o engrandecimento sócio-político-institucional do Poder Judiciário como árbitro constitucional e legal das salutares desarmonias individuais e coletivas emanadas da Sociedade em geral.

 3.   Talvez as persistentes veiculações midiáticas reflitam os anseios de uma Sociedade que sonha com líderes éticos e com mudanças radicais nos velhos padrões de gestão pública e atuação político-partidária, mas em nada contribuem com o trabalho sério, árduo e isento que a Magistrada vem desempenhando no exercício de seu mister institucional.

 4.   A AMAM - Associação Mato-grossense de Magistrados - declara, sem nenhum sofisma, que a Associada Selma Rosane Santos Arruda não alimenta e nem se alimenta dessa especulação acerca de potenciais pretensões politicas-partidárias, mas pelo contrário rege sua atividade jurisdicional pela distância institucional e respeitosa dessa nobre atividade republicana.

 5.   Em se tratando da correlação entre o exercício da jurisdição e a político-partidária urge afirmar que a Magistrada é adepta do adágio popular: “ado, ado, ado, cada um no seu quadrado!”, pautando seu trabalho com transparência e vigor nessa premissa republicana.

 6.   Portanto, é a presente NOTA para esclarecimento geral de que especulações dessa natureza não são úteis ao Magistrado e nem à Magistratura, razão porque devem ser evitadas para que não produzam ruídos institucionais que apenas atrapalham o labutar de qualquer Juiz que porventura seja alvo de tais equívocos midiáticos.

Cuiabá/MT, 21 de setembro de 2016.

José Arimatéa Neves Costa

Presidente da AMAM

Related Posts: