“Vamos acabar com essa distorção que é a indústria da multa”

“Vamos acabar com essa distorção que é a indústria da multa”
O candidato a prefeito de Cuiabá Julier Sebastião (PDT) afirmou que, caso vença o pleito marcado para 2 de outubro, irá avaliar se mantém os mais de 50 radares eletrônicos instalados na gestão Mauro Mendes (PSB). Ele admitiu a possibilidade de dar fim ao meio de fiscalização eletrônica.
Em entrevista exclusiva ao MidiaNews, o ex-juiz federal afirmou que os equipamentos se tornaram um “caça-níquel”. Segundo ele, a onda de vandalismo contra os radares é uma consequência da falta de diálogo com a sociedade em sua implantação.

Julier disse ainda que sua candidatura é a dos "sem-máquina”, ao contrário dos adversários Wilson Santos (PSDB) e Emanuel Pinheiro (PMDB). Para ele, ambos representam o mesmo grupo político, que se reveza no poder desde os anos 2000.

“O candidato do PSDB tem uma história que foi interrompida. Ele diz que quer ser perdoado e pagar sua dívida com os cuiabanos, mas tem que perguntar de que forma os cuiabanos querem receber essa dívida. Provavelmente, a maioria vai dizer que não é dando um novo mandato de prefeito a ele”, disse.

Ainda durante a entrevista, o candidato do PDT afirmou que irá rescindir o contrato com a CAB Ambiental, que o ex-vereador Lúdio Cabral (PT) será seu cabo eleitoral e que é o único dos postulantes a ter um plano de governo.

Confira os principais trechos da entrevista:

MidiaNews – Com a saída do Mauro Mendes na disputa, como fica o cenário eleitoral em Cuiabá? Há um novo inimigo a ser batido?

Nossos adversários são os mesmos que governam Cuiabá há 300 anos. Em 2000, estavam os mesmos candidatos, as mesmas propostas
Julier Sebastião – Nós sempre tivemos um lado nessa eleição em Cuiabá. Nossa base política sempre foi oposição à administração atual. Formulamos um projeto sabendo o lado que iriamos defender, que é o lado dos mais pobres, invertendo as políticas públicas da Capital, tirando o benefício de pequenos grupos e os transferindo para a maioria da população. Esse é o eixo do nosso programa de governo, da construção dessa aliança e isso não mudou. Continuamos do lado do mais fraco, vamos governar para aqueles que precisam dos serviços da Prefeitura. Então, do nosso ponto de vista, na nossa aliança, não houve nenhuma alteração. Houve alteração para o pessoal que é do mesmo grupo, os nossos adversários são os mesmos que governam Cuiabá há 300 anos. Em 2000, estavam os mesmos candidatos, as mesmas propostas e quase duas décadas depois, as mesmas pessoas, desconhecendo que nós mudamos, que os cuiabanos não são mais os mesmos, que a realidade é outra.

MidiaNews – Qual a diferença entre sua candidatura e as dos adversários?

Julier Sebastião – O nosso programa de governo tem um olhar para o futuro, um olhar de inclusão. Uma cidade moderna, como a que queremos que Cuiabá seja em seus 300 anos, é uma cidade que inclui suas pessoas, que inclui seu povo na sua política de administração. Significa incluir as mulheres, os negros, os jovens, idosos, trabalhadores e os pobres na história da cidade. É isso que queremos fazer, é esse nosso mote. Por isso que a alteração do outro lado do rio é um problema do lado de lá. O problema do lado de cá é a construção de um programa sério e transparente. Chegou o momento de Cuiabá pagar sua dívida social com o seu povo e é isso que nós colocamos como o centro do nosso programa de governo. É isso que norteia as políticas de Saúde, Educação, Saneamento e Cultura. E por isso eu fiz a crítica de que não podemos trazer personagens e propostas que eram do século XX para o século XXI, como se nada tivesse mudado. As pessoas que nasceram no ano 2000, hoje, têm 16 anos e vão votar. Ou seja, mudou tudo, só a cabeça deles que não.

Nós vamos falar como mudar a situação da Saúde, da Educação e do Transporte Público. Na mobilidade, vamos colocar Cuiabá com a passagem mais barata entre as capitais. E fazer isso é simples: basta inverter as prioridades. Ao invés de ficar passando mão na cabeça de empresários do transporte, vamos acariciar o nosso povo, que é quem mais precisa do transporte. Isso é inversão de prioridades.

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