Serys quer 'descolar' da imagem de petista e nega que nova sigla seja ligada à Igreja Universal

Serys militou no PT por 23 anos
Serys militou no PT por 23 anos
A candidata a prefeita de Cuiabá Serys Slhessarenko (PRB) pretende aproveitar a campanha eleitoral deste ano para “descolar” sua imagem do PT, sigla na qual militou por 23 anos e na qual se elegeu deputada e senadora. Fora da sigla desde 2012, Serys ainda passou pelo PTB antes de se filiar ao PRB. “Quem não me descolou do PT é porque não sabe que eu saí. A campanha serve para isso”, disse ela em entrevista ao Olhar Direto, durante visita à sede do site.

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Nas eleições de 2010, brigas internas entre o grupo que defendia Carlos Abicalil para o Senado e o grupo que defendia a então senadora Serys à reeleição levaram os petistas a uma luta fratricida, que trouxeram desgaste a ambos e ao PT, e resultaram em derrota eleitoral para os dois candidatos, que não se elegeram. As brigas quase levaram à expulsão de Serys do partido, no ano seguinte. Em 2012, finalmente, ela deixou o PT, acompanhada de um grupo de dezenas de militantes.

Após se decepcionar com o PTB de Chico Galindo, Serys abandonou os partidos com origem na esquerda para ingressar em uma sigla conhecida por ser ligada à Igreja Universal do Reino de Deus e levantar bandeiras conservadoras. A ex-senadora se filiou ao PRB em junho deste ano, justamente para ser candidata a prefeita da Capital.

Ao Olhar Direto, Serys negou a ligação do partido com a Igreja Universal. Ela afirmou que, dos 22 deputados federais em exercício do PRB, nove são evangélicos, nove são católicos e há ainda um ateu e um que se elegeu com apoio do candomblé.

“Os fundadores do PRB foram o pastor Marcelo Crivella e o então vice-presidente da República José Alencar. Um evangélico e um católico. Não tem essa história de partido da Igreja Universal. O PRB é um partido laico. De qualquer forma, igreja não faz mal pra ninguém. Sou católica apostólica romana e estou muito confortável no PRB. E quero que respeitem a minha religião”, disse a candidata.

Serys continua empunhando bandeiras de valorização da mulher, defendendo mais espaço para atuação política. “Hoje não temos nenhuma senadora ou deputada federal em Mato Grosso. Apenas uma deputada estadual. E somos 52% da população”, observou ela. Se eleita, a candidata quer incentivar o empreendedorismo das mulheres cuiabanas para reduzir a dependência financeira que elas têm dos maridos e, assim, reduzir a violência doméstica.

Por outro lado, ela levanta também algumas bandeiras conservadoras. “Não aceito o aborto provocado, e o partido também não”, disse. A candidata pretende trazer líderes nacionais do PRB para sua campanha, porém ainda não confirmou nenhuma presença. Os mais prováveis de virem a Cuiabá nesse período eleitoral são o presidente licenciado Marcos Pereira, que é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e o presidente em exerício do partido, o senador Eduardo Lopes. 

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