O candidato do PMDB à prefeitura de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, "falta com a verdade ao afirmar ser possível concluir as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) sem recursos dos governos estadual e federal" - apontou o governador Pedro Taques (PSDB), afirmando que “não podemos permitir que façam com Cuiabá o que fizeram com Mato Grosso. O mesmo grupo que quebrou o Estado, agora, quer quebrar nossa Capital”, afirmou o governador.
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Taques lembrou que Emanuel Pinheiro é do mesmo partido do ex-governador Silval Barbosa, preso há quase um ano, pela Operação Sodoma, que apurou um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro público cujos responsáveis teriam lucrado R$ 2,6 milhões, entre 2013 e 2014, por meio da cobrança de propina para a concessão de incentivos fiscais pelo Prodeic (Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso).
O governador classificou como “irresponsáveis” as declarações feitas pelo candidato a prefeito pelo PMDB, de que seria capaz de governar a capital mato-grossense sem apoio do Governo. “Quem diz que faz sem a ajuda do Estado está fazendo piada”, disse.
“É impossível o Município fazer uma obra desse porte. Se o Município de São Paulo, que tem a terceira maior arrecadação do Brasil, não dá conta, imagina o orçamento de Cuiabá? Isso é uma piada”, afirmou.
Ainda segundo Taques, nenhum Estado consegue executar uma obra como a do VLT sem o aporte financeiro da União. Isto porque a conclusão do modal custaria mais R$ 600 milhões para os cofres estaduais. Até o momento, a obra já consumiu R$ 1,06 bilhão do Estado.
“O VLT não é um problema só do Estado, porque não temos R$ 600 milhões no caixa para resolver isso. E o Ministério das Cidades está nos ajudando. Nenhum Estado consegue fazer VLT sozinho. Precisa do apoio da União”, disse o governador.
Pedro Taques também observou que Cuiabá precisa da continuação das obras do novo Pronto-Socorro, das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e do recapeamento das avenidas da Prainha, Historiador Rubens de Mendonça (do CPA) e Fernando Correa, obras que são executadas com recursos do Governo do Estado.
Na opinião de Taques, a forma como a obra do VLT foi conduzida e não concluída demonstra a falta de compromisso dos ex-gestores do Estado. “Cuiabá precisa de um prefeito que realize obras com responsabilidade, da forma como feita a Avenida das Torres, por exemplo. Obras que permitam que a capital se modernize e se desenvolva, mas sem quebrá-la”, completou.
Prioridade
O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), que esteve em Cuiabá na segunda-feira (22), garantiu que é uma prioridade do ministério a busca por uma “equação técnica, segura, real, transparente e eficiente” para fazer viabilizar o VLT de Cuiabá.
“Sei da situação grave na qual o governador Pedro Taques recebeu a obra do VLT. Ele levou essa sua preocupação ao presidente da República e nós temos a determinação expressa de buscar soluções objetivas. (...) A União deve isto ao Estado”, destacou.
Araújo reforçou ainda que a parceria entre Município, Estado e União será fundamental para a continuidade das obras existentes em Cuiabá nas áreas de habitação, saneamento e, principalmente, mobilidade urbana.
“Estamos fazendo no Ministério das Cidades, com os técnicos do Governo do Estado, e participações e sugestões da Prefeitura de Cuiabá, um desenho concreto que nos permita ver o tamanho do aporte que devemos fazer para a conclusão do VLT”, completou.
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