presidente estadual do PP, deputado federal Ezequiel Fonseca, convidou novamente o vereador Diego Guimarães a deixar o partido por conta da desobediência às orientações partidárias. Além de fazer oposição sistemática ao prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara, o correligionário aceitou convite do governador Pedro Taques (PSDB) e assumiu a presidência do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) apesar da sigla fazer oposição ao Executivo estadual.
Gilberto Leite/Rdnews

Vereador licenciado Diego Guimarães com governador Pedro Taques em lançamento da revitalização do Hemocentro
No entanto, Diego resolveu continuar no PP e o posicionamento em relação a Taques será rediscutido na convenção partidária que definirá as alianças eleitorais. A tendência é que os progressitas apóiem o senador Wellington Fagundes (PR) ou o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (DEM) ao Governo do Estado.
“A situação do Diego Guimarães no PP não é cômoda faz tempo e já fizemos reiterados convites para que deixe o partido. Ele preferiu ficar e nós vamos respeitar esse posicionamento. É preciso deixar claro que somos oposição ao Governo Pedro Taques e não avalizamos a nomeação no Intermat, que foi feita pela própria conta e risco de vereador”, declara Ezequiel em entrevista ao
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A nomeação de Diego, ainda não publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), foi articulada pelo ex-secretário nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura Neri Geller (PP). Aliado de Taques, o progressista é pré-candidato a deputado federal e articula para conduzir o PP à base governista.
As divergências de Diego com o PP iniciaram quando o vereador apoiou a instalação da CPI do Paletó, que investiga Emanuel por conta do vídeo em que aparece recebendo maços de dinheiro de suposto esquema de propina paga pelo ex-governador Silval Barbosa em troca de apoio político na Assembleia. À época da gravação, o emedebista era deputado estadual. O próprio Ezequiel também está entre os flagrados.
A postura de Diego gerou embates com os correligionários em Cuiabá. Além das ameaças de expulsão, o vereador chegou a ser excluído do grupo de WhatsApp do PP. “A situação já estava complicada. Nós apoiamos o prefeito Emanuel Pinheiro e o vereador Diego vinha fazendo oposição. Não temos como deixar de apoiar uma gestão onde o PP mantém três secretários municipais”, conclui.
Os secretários de Emanuel indicados pelo PP são Vanderlúcio Rodrigues (Obras Públicas), Francisco Vuolo (Cultura) e Vinicyus Hugueney (Trabalho e Desenvolvimento Econômico). Com a licença de Diego, a vaga na Câmara passa a ser ocupada por Demilson Nogueira, que é apoiador do prefeito.
