Uma nova esperança Emanuel Pinheiro

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Nestor Fidelis
Ao mesmo tempo em que acompanhamos os primeiros passos desta campanha eleitoral municipal, voltamos a ver e ouvir amigos reclamarem dos candidatos que se apresentam.
Ora, como outras pessoas não se candidataram, é o que temos. Cada um com seu jeito, com suas ideias, com sua equipe de contratados e de apoiadores, partidários ou não.
A tarefa do eleitor é mais delicada e trabalhosa, pois o tempo é mais curto para escolher, desta vez. Já para os candidatos sérios, a missão é ainda mais grave, pois muitas são as restrições em relação ao que era costumeiro fazer quanto à propaganda eleitoral, e agir nos primeiros momentos das alterações de modelos sempre é desafiador, assim como é desafiador manter o nível elevado dos debates e esclarecer e responder e aos ataques sem se rebaixar, pois os eleitores não merecem isso.
Agora, falando em primeira pessoa, não me parece justo concluir que o candidato Emanuel Pinheiro não mereça o voto porque é do partido do ex-governador Silval. Aliás, isso é infantil, ou tentativa de menosprezar a inteligência do eleitor.
Trabalhei no governo Silval. 
Exerci o cargo de secretário de Justiça adjunto, lidando com as políticas sobre drogas, com a defesa do consumidor e com o sistema socioeducativo de adolescentes em conflito com a lei, numa pasta que ainda é responsável pelo sistema penitenciário e pelas ações de direitos humanos. 
Fiz tudo o que pude, graças à equipe de servidores sérios e abnegados, bem como às parceiras com outros órgãos governamentais e com o terceiro setor. Mas não pude fazer o que pretendia e entendia como possível, pois não dispúnhamos de dinheiro para tanto. Mas a consciência sabe que nos doamos ao máximo.
Após alguns meses nos deparamos com a prisão do ex-governador e de alguns de seus ex-secretários. Como ficar feliz com isso? Estou falando de mim. Como? 
Eles estão se defendendo e, se ficar comprovado que erraram, pagarão na medida de suas culpabilidades. E os processos ainda estão em tramitação.
Fui convidado a continuar trabalhando para o governo atual. Conversei com amigos e família e aceitei. Seria uma honra pode continuar servindo ao meu Estado. Dias após eu agradecer publicamente, fui desconvidado por ordem superior. Foi frustrante, é claro, já tínhamos planos. Mas pouco tempo depois me senti aliviado em alguns aspectos.
O governo atual é avesso à democracia, com arrogância mal disfarçada, aumentou exponencialmente os gastos com propaganda (apelativas e em horário nobre) em momento de crise, e, pelo que se ouve e conclui, está politiqueiramente deixando para mostrar serviço no último ano para se perpetuar, como fazem os apaixonados pelo poder. São muitas as áreas com erros graves.
A insatisfação é generalizada. O que se fez com os idosos não é humano, na questão da chamada carreta da transformação, em total desobediência às normas de vigilância sanitária, conforme é reconhecido por deputados e secretários de estado, que aconselharam a buscar a imprensa e a Justiça, pois estavam de mãos atadas diante da ordem do "gabinete".
O tratamento dado aos servidores públicos no que tange aos seus direitos com previsão constitucional e legal é lastimável, sobretudo com o aumento de gastos em áreas não-sensíveis.
Isso significa que todos que trabalham no governo ou com o atual governo sejam pessoas prepotentes, arrogantes, más, ou incapazes? Não, claro que não. Ao contrário. Vemos pessoas ótimas em todos os sentidos.
Da mesma forma, se mostra como muito simplista a tentativa de dizer que quem trabalhou com Silval está contaminado, não é uma pessoa de bem, ou incapaz. Na política partidária todos são, já foram, ou serão parceiros. Impossível obter governabilidade de outra forma no modelo atual.
Por isso e por outros tantos motivos, sou admirador confesso do Emanuel Pinheiro, com base no que vejo hoje. Ele tem sido parceiro da comissão que presido na OAB (ações antidrogas); nos auxiliou muito nas questões da saúde pública como presidente de comissão na Assembleia; está montando uma equipe jovem aliada a pessoas experientes.
E dá gosto de ver o reconhecimento por diversos setores da sociedade. Pessoas com esperança de contribuírem neste momento, sob a liderança democrática do professor de direito Emanuel Pinheiro, reconhecendo os êxitos alcançados, mas apresentando propostas de melhoria em relação ao que não foi tão bem sucedido no governo municipal, que teve ele, Emanuel, como coordenador de campanha eleitoral.
Ainda que a cada dois anos nós, eleitores, tenhamos a tarefa de eleger, nada obstante vivamos num mundo com tantos equívocos, também podemos ter as esperanças renovadas, pois, com todo respeito aos que pensem de modo diverso, é preciso participar para poder contribuir.
Nestor Fernandes Fidelis é advogado e escreve exclusivamente para este Blog toda quarta-feira - nestor@nestorfidelis.adv.br

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